O volume de vendas das lojas de autopeças e acessórios automotivos cresceu 5,2% no Estado de São Paulo no período acumulado de 12 meses terminados em fevereiro (fevereiro de 2016 a fevereiro de 2017), sobre igual período anterior. O resultado está apontado pela pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“Com a crise, o consumidor demora mais para trocar o automóvel e, com isso, opta pela manutenção e pela substituição de peças. Assim, essas reposições têm ajudado o segmento”, explica Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
No varejo paulista como um todo – incluídos todos os setores – as vendas recuaram 5,3% no mesmo período. Além do ramo de autopeças, as lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos registraram alta (2,8%) no período acumulado de 12 meses. Todas as outras atividades tiveram retrações, sendo a maior delas das lojas de móveis e decorações (-13,7%).
A comparação em 12 meses permite, em geral, visualizar melhor a tendência de um indicador econômico, pois elimina os efeitos sazonais e as diferenças no calendário e no número de dias úteis.
Fevereiro
Em fevereiro de 2017 frente a igual mês do ano passado, o varejo paulista registrou queda de 11,2% nas vendas, bem maior do que em janeiro (-6,7%), na mesma base de comparação. O resultado é reflexo da recessão econômica e, principalmente, do Carnaval e do dia útil a menos (efeito-calendário).
“Apesar de ser uma perda mais acentuada do que a do mês anterior, a tendência ainda é de recuperação lenta ao longo do ano, visto que os indicadores macroeconômicos continuam apontando consistentemente para uma retomada”, diz Alencar Burti, em referência às quedas dos juros e da inflação.
No primeiro bimestre, o comércio de SP acumula perda de 7% sobre o mesmo período do ano passado.
Regiões
O levantamento também mostra o desempenho do comércio em 20 regiões paulistas. Quando observados os 12 meses terminados em fevereiro, nenhuma delas teve saldo positivo. Marília registrou a menor queda (-0,3%), seguida de perto por Sorocaba/Vale do Paranapanema (-0,4%). Na contramão, a Região Metropolitana Oeste (inclui Osasco) foi a que mais caiu (-11,4%).
Todo os números citados se referem ao varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção. A pesquisa ACVarejo é elaborada mensalmente pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP a partir de informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
Acesse os documentos com os números:
Boletim ACVarejo
Tabela Atividades Econômicas (Fevereiro 2017)
Fonte: ACSP