A economia brasileira pode se deteriorar ainda mais se o país não der segmento às políticas de ajuste das contas públicas e de redução da inflação, na avaliação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
No encontro de fim de ano realizado nesta quinta-feira (17) entre a diretoria do BC e jornalistas, o presidente do BC afirmou também que o rebaixamento na nota de crédito do país anunciado pela Fitch (selo de bom pagador) e a alta de juros nos EUA, nesta quarta-feira (16), eram dois movimentos já esperados pela instituição e pelo mercado e que as primeiras reações foram de tranquilidade.
“A percepção de risco já era de subgrau de investimento há algum tempo. O fato de hoje não estarmos mais classificados como grau de investimento não quer dizer que, se não fizermos nada ou se tomarmos opções equivocadas, que essa percepção de risco não possa se deteriorar”, afirmou.
Da parte do BC, ele afirmou que o trabalho será colocar a inflação, atualmente superior a 10%, dentro do limite de até 6,5% em 2016.
“Temos de fazer o nosso dever de casa, completar esse ajuste para retomar o crescimento sustentável o mais rápido possível. Isso passa pela consolidação fiscal e, do nosso lado, que produzamos essa desinflação na economia brasileira.”
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