BRASÍLIA – Depois da leve alta de abril (0,07%, pelo dado já revisado), a economia brasileira voltou a andar de ré em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) desse mês teve baixa de 0,51% ante abril, com ajuste sazonal, conforme informou nesta quinta-feira, 14, a instituição. Esse é o pior resultado desde janeiro de 2010.
O índice de atividade calculado pelo BC passou de 134,36 pontos para 133,67 pontos na série dessazonalizada de um mês para o outro. A queda do IBC-Br ficou mais profunda do que a mediana de -0,22% obtida com as estimativas dos 34 analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, mas dentro do intervalo que ia de queda de 0,70% à alta de 0,20%.
No acumulado deste ano, a retração é de 5,79%, pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 5,43% nos 12 meses encerrados em maio.
Na comparação entre os meses de maio de 2016 e 2015, houve baixa de 4,92% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 133,14 pontos ante 135,66 de abril. O indicador de maio de 2016 ante o mesmo mês de 2015 mostrou uma retração menor do que a apontada pela mediana (-4,40%) das previsões dos 31 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (-5,30% a -3,50%).
Em janeiro, o Banco Central promoveu uma revisão metodológica na apuração do IBC-Br para incorporar a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores. Conhecido como “prévia do PIB do BC”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A atual previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,3%, de acordo com o mais recente Relatório Trimestral de Inflação. Também no Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) estava em -3,30%.
Fonte: Estadão