As tecnologias emergentes estão transformando a maneira como o comércio se desenvolve no mundo. O crescimento explosivo do comércio eletrônico tem levado vários países a buscarem acordos multilaterais de comércio digital, movimento que pode favorecer a entrada de pequenas e médias empresas no circuito do comércio internacional, assunto abordado nesta quarta-feira no #11WCC.
Na primeira parte do painel “Perspectivas para um mundo digital”, que tratou do futuro dos negócios, a analista senior da World Tarde Organization, Emanuelle Ganne, destacou o blockchain como a tecnologia que pode ajudar o mercado internacional a se modernizar. “Ela é descentralizada e usa criptografia para dar segurança às transações, permitindo que o mercado interaja de forma muito mais segura”, contou.
O co-fundador da Perlin (Singapura), Dorjee Sun, também participou do painel.
No mesmo painel, dividido em duas partes, líderes de entidades do Brasil, Rússia, Chile e Suiça discutiram o futuro das cidades. Hoje, cerca de metade da população mundial vive nos centros urbanos – uma proporção que deve aumentar para 68% até 2050. Se por um lado essas mudanças representam enormes desafios para os líderes do governo municipal e outros interessados, por outro, também oferecem a oportunidade de se explorar tecnologias mais inovadoras e sustentáveis.
Ao discutir o assunto cidades inteligentes, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella apresentou projetos de inteligência para a cidade e deu destaque à criação de parques solares para áreas urbanas, para reduzir as emissões de gases e diminuir o efeito estufa. “Também criamos na Prefeitura um comitê para políticas públicas focadas em inovação”, destacou.
O CEO da Moscow Export Center, Kirill IIichev, disse que o governo da cidade está empenhado em torná-la em uma metrópole inteligente. Citou projetos como um sistema que concentra 260 serviços públicos e disse que, hoje, a cidade conta com 18 mil pontos de acesso à internet. “Queremos ter um ambiente eficiente para todos os cidadãos”, declarou.
O chefe de equipe da Prefeitura de Santiago (Chile), Pablo Rivadeneira, disse que a mobilidade é o principal desafio da cidade, que tem em 80% do seu espaço físico calçadas sempre lotadas e nada eficientes. Por isso, criaram um projeto piloto, utilizando a rua Bandeira, que foi arborizada e fechada para veículos. Apenas pedestres podem tranistar ali. O setor privado fez toda a revitalização e o governo não precisou arcar com nada. “A rua é icônica no centro e atração turística. Ali conseguimos implantar sistemas que passam, em tempo real, para a polícia, informações do que está acontecendo, reduzindo em 8% os índices de criminalidade”, contou.
Vincent Subilia, diretor-geral da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Geneva, na Suiça, afirmou que a abertura para outros países e a diversidade de setores e empresas são os principais pilares da cidade rumo à inteligência. “Nosso projeto envolve universidades, empresas e entidades públicas. Temos mais de 60 projetos para elencar transformações em Geneva”, disse.
O chefe de regulamentação da Grow Mobility, Caio Franco, também destacou o problema da mobilidade nos grandes centros e disse que a meta da empresa é a felicidade das pessoas. Para ele, oferecer soluções econômicas é apenas o meio para este fim. “Estamos oferecendo soluções focadas nas dimensões humanas, onde o veículo não ocupa um espaço muito maior do que uma pessoa só ocuparia. Mais espaço para as pessoas e menos ruas para os carros”, disse.
A moderação ficou a cargo de Nikolaus Schultze, diretor de Política Global da ICC.
Por Erick Arruda da Assessoria de Comunicação do #11WCC