Durante a 1ª reunião da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa (FPMPE) em 2021, realizada virtualmente nesta quinta-feira (11), o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar medidas restritivas impostas por governadores e prefeitos para conter o avanço dos casos de Covid-19 no país e garantiu estar, sim, muito preocupado com as vidas, mas também com o desemprego e com a saúde mental da população.
“Como sempre disse, a economia e a vida têm que andar de mãos dadas. Temos dois problemas que se agravam, o vírus e o desemprego”, afirmou Bolsonaro, após elencar diversas medidas adotadas pelo governo federal para combater a pandemia, desde o início, há um ano. De acordo com o presidente, somando com auxilio emergencial, foi gasto no ano passado por volta de R$ 700 bilhões.
“Mas até quando podemos aguentar a irresponsabilidade do lockdown?”, questionou ele, ao apontar que a capacidade de endividamento do país está no limite e que o que o povo quer, é trabalhar. “Se a economia colapsar, vai ser uma desgraça. Não é um desabafo, mas uma realidade”, disse.
Ainda durante sua fala, o presidente garantiu que até o fim do ano, 400 milhões de doses de vacina estão garantidas para o país, sendo 20 milhões apenas para o mês de março. “Estamos no caminho certo e vamos fazer de tudo para diminuir o número de mortes no Brasil”, finalizou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, endossou a fala de Bolsonaro e destacou a importância das micro e pequenas empresas (MPE) para a economia brasileira. “Vemos a categoria como a coluna vertebral da economia do nosso país, quem forma a classe média, a força do meio e o que forma a riqueza das democracias ocidentais”, disse.
Guedes anunciou que a Pasta está produzindo novas medidas econômicas para combater a crise e confirmou para os próximos dias a renovação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM), que permitiu a redução de jornadas e salários e a suspensão temporária de contratos.
“Tivemos, do ponto de vista econômico, muito sucesso no combate à crise. A economia está começando a decolar de novo e estamos olhando para a frente”, declarou.
Tanto Bolsonaro, quanto Guedes elogiaram o presidente da FPMPE, o senador Jorginho Mello (PL/SC), na condução dos trabalhos da Frente, com destaque a para o Pronampe, programa de crédito criado para facilitar o acesso das micro e pequenas empresas ao crédito durante a pandemia. Nesta quarta-feira (10), o Senado aprovou Projeto de Lei (PL) 5.575/2020, que transforma o Pronampe em política oficial de crédito e dá caráter permanente ao fornecimento de recursos. “Precisamos ter ações fortes, que cuidem da saúde e da economia, para que não tenhamos uma tragédia completa”, disse Mello.
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, também falou sobre as medidas adotas nos últimos meses. Segundo ele, foram recebidos 3100 pleitos do setor produtivo, boa parte afetando as MPE, e 1600 deles foram atendidos, sejam em parceria com o Congresso, ou por medidas infralegais. “Neste momento em que a pandemia voltou a crescer, nossas forças de trabalho foram reativadas para que tenhamos o mínimo de impactos nos empregos e nas empresas”, declarou.
Já o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, afirmou tratar de cada emprego do Brasil como único, pensando no direito fundamental do trabalho e da segurança alimentar das famílias. “Emprego também é vida e por isso trabalhamos gerando-os e preservando-os”, afirmou.
“O Sebrae só tem a agradecer por 2020 ter sido um ano vitorioso, mesmo com toda a pandemia. As MPE foram valentes e estão se sustentando com os programas criados pelo governo. Este é o momento de dar as mãos e em que a solidariedade precisa imperar”, disse Carlos Melles, presidente do Sebrae.
O presidente da CACB, George Pinheiro, também se mostrou preocupado com as políticas de lockdown, principalmente em São Paulo, que devem refletir no Brasil inteiro. “É importante estarmos juntos para que tenhamos condições de defender nosso país. As renovações do BEM e do Pronampe são fundamentais para que as MPE consigam sair bem da pandemia”, pontuou.