O Projeto Brazilian Suppliers vai enviar uma missão comercial para o Egito entre os dias 23 e 26 de junho. O encontro será na capital do país, Cairo, com foco em países do norte do continente africano como Argélia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia.
O objetivo da missão é estimular e promover a negociação entre empresas brasileiras e norte-africanas, mais especificamente de países com um elevado índice de crescimento econômico, como é o caso do Egito. A programação para os empresários terá um seminário com informações sobre o potencial de mercado da África do Norte, sessão de networking e rodada de negócios com importadores do país anfitrião e dos países convidados.
De acordo com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU), o Egito é a terceira maior economia da África e um dos países mais industrializados do continente. O país apresenta uma previsão de crescimento econômico para os anos de 2024 e 2025 de 3,4% e 3,9% respectivamente.
Cerca de 55% das importações egípcias se originam de países com os quais o Egito possui acordo comercial, e o Brasil é um deles. Através do Acordo de Livre Comércio (ALC) Mercosul-Egito empresas brasileiras pagam menos impostos e tarifas.
No ano de 2023 o Brasil exportou para o Egito aproximadamente 2,3 bilhões de dólares em produtos e importou 489 milhões, tendo um superávit de aproximadamente 1,8 bilhões nessa parceria. Em 2024, até o mês de maio, o Brasil também está com um saldo positivo na troca comercial, com aproximadamente 1,1 bilhões de dólares de superávit.
A Missão Comercial ao Norte da África será realizada pelo Projeto Brazilian Suppliers, uma parceria entre o Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), com apoio da São Paulo Chamber of Commerce, o braço internacional da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Para Alfredo Cotait Neto, presidente da CACB e Coordenador Geral da São Paulo Chamber of Commerce, o Brasil precisa de um plano específico de comércio exterior, porque as políticas internas são incompatíveis com as externas: “O fortalecimento do comércio exterior vai ativar o desenvolvimento econômico e incentivar a geração de empregos, já que o mundo se tornou pequeno diante de tantas inovações tecnológicas.Os pequenos e médios empreendedores brasileiros precisam desenvolver uma cultura exportadora para crescer”.