
Alfredo Cotait Neto, presidente da CACB, durante painel de debate, ao lado da diretora-superintendente do Sebrae-DF, Rosemary Rainha | Foto: Tauan Alencar
Foi com doses de criatividade e beleza que a Kamaleão Color, empresa de tintas para cabelo, que começou na garagem de uma casa, se firmou e hoje exporta para países como Estados Unidos e Inglaterra e tem planos para conquistar Dubai. Já a panificadora Panebrás tem quatro pontos de distribuição em solo americano e está prestes a inaugurar a própria fábrica por lá.
Esses dois empreendimentos nasceram no Distrito Federal e exemplificam o potencial que a região tem quando se fala em exportação. No entanto, os números são baixos. “O Distrito Federal tem uma participação de quase 30% no PIB do centro-oeste, mas quando olhamos para exportação é só 0,7%”, explicou Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), durante o evento “DF Para o Mundo”, realizado nesta terça-feira (15), em Brasília, com apoio da CACB.
O presidente da Confederação, Alfredo Cotait Neto, participou de um painel de discussões e destacou a importância de se aumentar o número de empresas exportadoras no Brasil, especialmente as pequenas e médias, que ainda enfrentam grandes desafios: ”Através da Brazilian Chamber of Commerce, nosso braço com atuação internacional, nossa missão é facilitar o acesso de mais empresários a novos mercados internacionais”. E acrescentou: “Mais do que ensinar o pequeno empreendedor a exportar é necessário apoiá-lo, é preciso que se pague a passagem, o hotel. Defendemos uma política de comércio exterior, que faça o todo, um Ministério de Comércio Exterior”.
Cotait explicou ainda que para a CACB “não importa se exportamos um milhão a mais, não é o valor, é o número de empresários com acesso a novos mercados”. Do mesmo painel participaram também representantes do Sebrae, Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco de Brasília (BRB), Federação de Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF) e Fecomércio- DF.
Na abertura do evento, o secretário de Relações Internacionais do Distrito Federal, Paco Britto, lembrou duas características de Brasília que facilitam as exportações: a presença de 133 embaixadas e a estrutura do aeroporto que tem voos para diversos países. Igor Celeste, gerente de Inteligência de Mercado da Apex, disse que a Agência mapeou mais de 2.000 oportunidades de vendas exportadoras e que, embora o principal mercado da região seja a Ásia, a América Latina e o Caribe têm potencial e podem ser melhor trabalhados.
“O DF para o Mundo” foi realizado no Centro Empresarial CNC pela Apex e pelo Governo do Distrito Federal, com apoio de oito entidades. Do lado de fora do auditório onde foram realizados os painéis de debates, foram montados stands. A CACB estava com um deles divulgando as ações da Brazilian Chamber of Commerce.
*Outras fotos no flickr da CACB