Durante reunião do Conselho Deliberativo da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), realizada nesta terça-feira (30/07), na capital paulista, o presidente da Facesp, Alfredo Cotait Neto, e o vice-presidente da Facesp, Marco Bertaiolli, defenderam que ambas as entidades se coloquem como protagonistas nas discussões sobre os rumos da economia brasileira.
“Representamos a categoria que mais gera emprego e renda no País, que são as micro e pequenas empresas, e temos uma rede organizada e presente em todo território nacional. Credenciais que, naturalmente, nos colocam como protagonistas. No entanto, precisamos voltar a exercer esta condição”, destacou Cotait durante o encontro, realizado na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“Nunca o associativismo foi tão importante no cenário econômico e político. Estamos vivendo um processo de mudança no modelo econômico, saindo de um paternalismo estatal para o liberalismo e precisamos aproveitar este status quo e acionar toda a classe empreendedora, para que ela se faça ouvir e indique os caminhos necessários para a retomada do crescimento”, ressaltou ele.
O presidente da Facesp lembrou do protagonismo da entidade no debate em torno da Medida Provisória 881 (MP 881/2019), que trata sobre a Liberdade Econômica. O relator da MP, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), visitou a Facesp no começo de julho para discutir os detalhes da medida e ouvir propostas. “Teremos que ter uma participação semelhante no que diz respeito à reforma tributária. A rede Facesp e CACB é forte e organizada e não pode ficar à margem de discussões no âmbito nacional”, disse Cotait.
A Facesp e a CACB farão, inclusive, uma carta de apoio à conversão em lei da MP 881/2019. Por se tratar de uma MP, emitida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em 30 de abril de 2019, ela perderá a validade no final de agosto, caso não seja aprovada na Câmara dos Deputados e, desta forma, se transforme em lei.
Vice-presidente da Facesp e deputado federal, Bertaiolli disse que as Associações Comerciais poderiam criar núcleos de debates. “As ACs precisam ser as grandes canalizadoras de informações. Usar da credibilidade que possuem para levar aos associados esclarecimentos sobre as reformas da Previdência e tributária, sobre a MP 881, enfim, sobre tudo aquilo que, verdadeiramente, possa impactar no dia a dia do empreendedor”, ponderou.
“A MP 881 é um grande exemplo do protagonismo que podemos exercer”, exemplificou Bertaiolli, que foi vice-presidente da Comissão Especial Mista, formada por deputados e senadores, que debateu a MP no Congresso Nacional. “Conversei com os presidentes de várias federações e de várias Associações Comerciais e após ouvir as opiniões de cada um, conseguimos fazer com que a MP chegasse com 16 artigos e saísse com 81. Artigos que criam meios de desburocratizar o ato de empreender”, revelou o deputado.
“É esta a nossa missão, se fazer presente em todos os assuntos de âmbito nacional que estejam no nosso campo de atuação. Debater, propor e exigir condições de continuar gerando emprego e fazendo a roda da economia girar”, afirmou Bertaiolli, que também é presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Associações Comerciais.
Fonte: Facesp