Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), critica a possibilidade de o governo federal aumentar ou criar tributos.
“Há sempre essa preocupação com elevação de imposto. Ainda mais se considerarmos que, aparentemente, o governo avaliou mal as contas deste ano e, agora, percebeu que não vai ter tanto dinheiro quanto imaginou em sua estimativa inicial (excessivamente otimista)”, diz Burti.
“Além disso”, acrescenta ele, “o governo tem maioria no Congresso para aprovar mais tributos. Reforçamos, contudo, que essa é a pior decisão a ser tomada. Aumento de imposto só irá retardar a recuperação econômica. O governo tem é que trabalhar mais para cortar gastos e obter receitas extraordinárias, como a repatriação de recursos e as concessões e privatizações, que aliás andam lentas. Sabemos que por mais temporários que sejam os aumentos propostos, uma vez que eles sobem, eles jamais caem”.
A ACSP mantém em sua sede, no centro da capital paulista, o Impostômetro. O painel foi implantado em 2005 pela entidade para conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos melhores. Na última segunda-feira (20/3), o Impostômetro chegou à marca de R$ 500 bilhões. O montante representa o total pago pelos brasileiros em impostos, taxas e contribuições desde 1º de janeiro de 2017.