O comércio paulistano não conseguiu aproveitar totalmente o Dia das Mães. Com a continuidade das medidas restritivas de combate à pandemia de covid-19, o movimento de vendas caiu 65,5% ante igual período de 2019. Os dados são do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O levantamento registrou queda expressiva de 48,7% no movimento de vendas a prazo no período. Já as vendas à vista tiveram um recuo ainda maior, de 82,2.
Por outro lado, na comparação com os primeiros quinze dias de abril, as vendas atingiram alta média de 5,8%, puxadas pela compra de lembranças para as mães. Foram 3,9% de alta nas vendas a prazo, e 7,7% nas à vista.
Apesar de positivo, este, que costuma ser o melhor resultado mensal do semestre e o segundo melhor do ano, ficou muito aquém de Dia das Mães anteriores, afirma Marcel Solimeo, economista da ACSP.
“O resultado anual, porém, é muito relevante, pois reflete o impacto das medidas restritivas no varejo”, destaca.
Mesmo com os esforços dos varejistas para continuar a vender na data, que geraram algum resultado, as perdas foram expressivas. E não devem se recuperar até o final do mês, segundo o economista.
“O fluxo de vendas do comércio é contínuo, tem de vender todo dia. Por isso as perdas são irrecuperáveis”, conclui.
O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP, com base em amostra fornecida pela Boa Vista Serviços.
Fonte: ACSP