As esperanças do consumidor brasileiro em relação à sua situação financeira futura apresentaram leves melhoras em maio. É o que indica pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) feita em todo o País.
De acordo com o levantamento, o percentual de brasileiros que acredita na piora de sua situação econômica nos próximos seis meses caiu de 37% em abril para 33% em maio. Outro dado positivo é que os que creem que sua situação melhorará subiu de 27% para 29%.
A pesquisa foi feita entre 29 de abril e 14 de maio, em meio aos desdobramentos políticos que acarretaram no afastamento da presidente Dilma Rousseff.
O levantamento aponta melhora, também, na percepção quanto a perda de emprego. Em abril, 62% dos entrevistados estavam inseguros no trabalho, ao passo que em maio eram 59%.
Esses dados positivos, contudo, não podem ser traduzidos em consumo de produtos mais dependentes de crédito. Manteve-se estável o nível de intenção de compra de eletrodomésticos. Em maio, apenas 12% disseram se sentir à vontade para comprá-los (13% em abril).
Já em relação a bens de maior valor, como imóveis e automóveis, 9% dos entrevistados disseram estar favoráveis a esse tipo de compra em ambos os meses.
Os itens da pesquisa referentes à situação financeira atual dos brasileiros não apresentaram variações de um mês para outro.

“Apesar da melhora, o momento é delicado. Aos poucos vamos restaurar a confiança. O governo precisa ter cautela, disposição e seriedade na busca pelas melhores soluções econômicas e sociais. E os partidos têm que pensar no País, e não apenas neles mesmos”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
A pesquisa tem margem de erro de três pontos e foi encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, que fez 1.200 entrevistas domiciliares em 72 municípios, por amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas (Censo 2010 e PNAD 2013), com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE.
Fonte: ACSP