
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Agência Câmara
Nas últimas semanas, um debate sobre a adoção do voto distrital misto no país vem ganhando espaço no Congresso Nacional e provocando a atenção da mídia. Na CACB, a defesa do modelo eleitoral é antiga.
Em um artigo de opinião publicado em dezembro de 2024, no Diário do Comércio, Alfredo Cotait escreveu que a implantação do voto distrital “vai além de uma alteração de regra eleitoral, que certamente vai melhorar a qualidade do voto no Brasil”.
Dias antes, durante a Cúpula dos Líderes da CACB, em novembro do mesmo ano, Guilherme Afif Domingos, presidente de honra da Confederação tratou sobre o tema em uma palestra ao lado presidente do PSD, Gilberto Kassab. Se voltarmos ainda mais no tempo, vamos ver que em 2018 a entidade já fazia campanha pela aprovação do projeto do então senador José Serra (PSDB) que trata do assunto. “Temos que ter esse papel de farol, de colocar luz sobre temas importantes que vão impactar a vida do brasileiro”, explica Cotait.
Imprensa
Nesta quinta-feira (27), o portal da revista Exame publicou uma matéria sobre o assunto depois de entrevistar líderes partidários e membros do governo. Segundo o veículo, “a preocupação agora é que, sem sinais de trégua na polarização política, mais influenciadores digitais, coachs e streamers decidam disputar as eleições de 2026”. A reportagem segue dizendo que “com o voto distrital misto, a avaliação é de que as lideranças políticas tradicionais garantiriam parte das vagas pela maior identificação com sua base”.
Para Alfredo Cotait, o primeiro aspecto que deve ser levado em conta em relação ao voto distrital misto é a proximidade que ele possibilita entre eleitor e o seu representante: “é um modelo que fortalece a democracia porque aumenta a representatividade do eleitor”.
Depois do carnaval o assunto deve esquentar no Congresso Nacional. O presidente da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos/PB), quer instalar uma comissão para debater uma mudança no sistema eleitoral brasileiro.