Em relação ao editorial desta segunda, 9/9, do jornal Folha de São Paulo, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) se manifesta de forma contrária ao texto. A defesa da CACB sempre foi a de manutenção do Simples por propiciar a inclusão de empreendedores no sistema formal da economia brasileira.
O Simples não é uma renúncia fiscal. É um regime de tributação simplificado em relação à burocracia. As empresas do Simples pagam impostos sobre a receita bruta. O sistema funciona e estimula. Prova disso é que reúne 92% dos empreendimentos, sendo 20 milhões de micro e pequenas empresas e cerca de 70% dos empregos do país.
É desvirtuada a impressão de representantes do governo de que há incorreções e irregularidades. O que há é um potencial de ter mais empresas entrando na formalidade, o que significa melhoria do ciclo econômico do país. Mais tributos, mais empregos e mais atividade. Esse sim deve ser o pensamento de quem debate o setor. A CACB é a favor da formalidade coerente com o crescimento econômico. Precisamos de incentivos, não de empecilhos.
Alfredo Cotait Neto
Presidente da Confederação das Associações
Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)