Em semana de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado financeiro revisou para cima suas projeções para a Selic em 2021 e agora vê uma taxa de 6,25% até dezembro. O número implica alta de 2,75 pontos percentuais em relação aos níveis atuais e de 0,50 ponto em comparação ao esperado na semana anterior. Os dados constam no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na manhã desta segunda-feira (14).
Para a reunião do Copom desta semana, que divulga sua decisão na quarta-feira (16), as apostas dos economistas consultados pelo BC permaneceram em alta de 0,75 p.p. da Selic, para 4,25% ao ano. É esperada ainda nova alta na mesma magnitude, para 5,00%, no encontro de agosto. Até o fim de 2022, a expectativa do mercado é de que a Selic suba a 6,50% ao ano, a mesma do levantamento passado.
O movimento vem em meio ao aumento da inflação no país, pressionada ainda mais pela crise hídrica, que tem elevado os preços da energia elétrica. Em maio, o IPCA teve alta de 0,83% ante abril, acima do esperado e a maior alta para o mês em 25 anos. Em 2021, o índice acumula alta de 3,22% e, em 12 meses, de 8,06%.
Neste cenário, os economistas consultados pelo Focus voltaram a elevar suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, pela décima vez consecutiva, de 5,44% para 5,82%. Também aumentaram as apostas para 2022, pela quinta semana seguida, de 3,70% para 3,78%.
Já em relação ao desempenho da economia brasileira, o mercado revisou para cima, pela oitava semana, suas apostas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, de 4,36% para 4,85%. Já para 2022, as apostas apontam para expansão de 2,20% do PIB, abaixo da previsão de crescimento de 2,31% anteriormente.
Por fim, no câmbio, as estimativas para a moeda americana recuaram de R$ 5,30 para R$ 5,18, em 2021, e de R$ 5,30 para R$ 5,20, em 2022.
Fonte: InfoMoney