A Brazilian Chamber of Commerce (BRCC), braço internacional da CACB, realizou sua terceira reunião na manhã desta terça-feira (12) com participações online e presenciais. O objetivo principal foi apresentar a criação de uma ferramenta digital simplificada que reúna informações úteis para as pequenas empresas interessadas em exportar.
“Nosso propósito e aumentar o número de pequenas empresas exportadoras e propor novas políticas de apoio, queremos ouvir esses participantes para poder apresentar ao poder públicos sugestão de modernização de normas para que as micro tenham de fato oportunidade”, explicou o presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto.
Lembrando que dos mais 20 milhões de CNPJ do Brasil apenas pouco mais de 30 mil exportam, Maurício Manfré, coordenador de Relações Internacionais da Confederação, apresentou “a proposta de uma plataforma, um modelo simples e fácil, feito no google docs, que funcione como um calendário único e que possa ser ‘alimentado’ pelo computador ou pelo celular”, explicou. A ideia é que cada organização preencha o formulário com informações sobre ações de promoção de exportação a serem realizadas como, por exemplo, data, período, nome do programa, setor (têxtil, alimentício etc.), tipo (congresso, feira, capacitação, seminário).
Com as informações compiladas a CACB vai disparar o material, que deverá ser frequentemente atualizado, para todos os atores do processo. Mas antes, o modelo será compartilhado com os parceiros para possíveis ajustes. Algumas ideias sobre a plataforma e sobre a própria BRCC surgiram já na reunião.
Paola Comin, secretária de Comércio e Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura Familiar do Brasil (Conaf) – “A minha proposta é a gente alimentar a plataforma com o que a gente disponibiliza para venda.”
Damaris da Costa, presidente do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex) – “Acho muito importante que tenhamos eventos internacionais multissetoriais no Brasil para que as pequenas empresas façam um treinamento antes de ir para fora.”
Paco Britto, secretário de Relações Internacionais do Governo do Distrito Federal – “Acho uma grande oportunidade para o Distrito Federal, mas temos que pensar o Brasil como um todo. Gostaria de contar que essa semana estamos levando uma comitiva de empresários do DF para a Bielorrússia para exportar e importar, e aqui conhecemos uma fábrica de exportação de feijão à vácuo que está levando o produto para a Àfrica.”
Najla Souza, gerente de projeto do Instituto Brasileiro do Feijão e pulses (Ibrafe) – “Essa iniciativa tem que vir atrelada a essa troca de informações para quem trabalha com temas transversais como a do feijão a vácuo que acaba de ser compartilhada.”
“Também precisamos saber onde estão as barreiras para essas pequenas empresas que entram e saem, ficam só no papel e não na prática. Precisamos perguntar a elas quais foram as dificuldades.”
Durval Cardoso de Carvalho, chefe da Divisão de Promoção da Agricultura do Ministério das Relações Exteriores (MRE) – “O que podemos fazer é oferecer a capilaridade no exterior. Então vocês vão saber, por exemplo, que Bangladesh está precisando de arroz.”
Pedro Viana Borges, coordenador de Ações no Mercado Externo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) – “Eu queria destacar que ampliamos para 40 o número de adidos agrícolas nas embaixadas e que eles estão à disposição para serem acionados, eles têm a função de abrir mercado e fazer promoção.”
Também participaram do encontro representantes de outras entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e federações e associações comerciais de estados como Paraná, Ceará e Espírito Santo.
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