Imprensa
ECONOMIA

Bolsa despenca 7,64% após OMS decretar pandemia de coronavírus

Dólar subiu e voltou a fechar acima de R$ 4,70

12 de março de 2020 às 09:06

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O agravamento da epidemia de coronavírus e o acirramento dos conflitos no Oriente Médio provocaram um novo dia de turbulência nos mercados globais. Mais uma vez, o Brasil foi atingido pela instabilidade, com a bolsa de valores despencando e interrompendo as negociações. O dólar subiu e voltou a fechar acima de R$ 4,70.

O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), fechou o dia com recuo de 7,64%, aos 85.171 pontos. Anteontem (10), o indicador tinha se recuperado, mas o alívio não durou. O dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 4,721, com alta de R$ 0,075 (1,61%). A cotação praticamente igualou o recorde de R$ 4,726 registrado na segunda-feira (9).

O Banco Central (BC) leiloou US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. No início da note, o BC anunciou que venderá US$ 1,5 bilhão das reservas amanhã pela manhã.

Circuit breaker

O Ibovespa vinha operando em baixa, depois de subir 7,1% ontem. No entanto, a situação piorou no meio da tarde, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar pandemia de coronavírus. Das 15h14 às 15h50, as negociações foram interrompidas porque o índice acumulava queda de mais de 10%.

Esse é o chamado circuit breaker, mecanismo acionado quando o índice cai mais que determinado nível. Na manhã de segunda-feira, a bolsa também chegou a acionar o circuit breaker.

A pandemia de coronavírus aumenta os temores de uma recessão global. Isso porque a quarentena imposta em diversos países resulta no fechamento de fábricas, do comércio e na queda da produção e do consumo.

Petróleo

Pouco depois de a B3 retomar os negócios, o bombardeio de uma base norte-americana no Iraque deteriorou as expectativas. O ataque com pelo menos 15 foguetes, que matou dois americanos e um britânico, aumenta as tensões em torno da produção mundial de petróleo.

A crise provocada pelo coronavírus foi agravada pela disputa de preços entre Arábia Saudita e Rússia em torno do petróleo. Membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Arábia Saudita aumentou a produção de petróleo depois que o governo de Vladimir Putin decidiu não aderir a um acordo para reduzir a extração em todo o mundo.

O aumento de produção num cenário de queda mundial de demanda por causa do coronavírus fez a cotação do barril de petróleo voltar a cair hoje. Por volta das 18h, o barril do tipo Brent era vendido a US$ 35,70, com queda de 4,08%, depois de ter subido cerca 10% ontem.

Para o Brasil, a queda no barril de petróleo afeta as ações da Petrobras, a maior empresa brasileira capitalizada na bolsa. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) da companhia fecharam o dia com queda de 10,84%. Os papéis preferenciais (que dão preferência na distribuição de dividendos) caíram 9,74%. Segundo a própria Petrobras, a extração do petróleo na camada pré-sal só é viável quando a cotação do barril está acima de US$ 45.

Consequências

A queda nas cotações do barril de petróleo traz outras consequências para a economia brasileira. Caso os preços baixos se mantenham, a companhia repassará a queda do preço internacional para a gasolina e o diesel. Se, por um lado, a queda beneficia os consumidores; por outro, prejudica o setor de etanol, que perde competitividade.

Os preços mais baixos diminuem a arrecadação de royalties do petróleo e a arrecadação de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o principal tributo estadual, num momento em que diversos estados atravessam dificuldades financeiras. A desaceleração da economia mundial reduz a demanda por commodities (produtos agrícolas e minerais com cotação internacional), prejudicando as exportações brasileiras.

Hoje, o governo reduziu, de 2,4% para 2,1% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Segundo a equipe econômica, o coronavírus pode reduzir o crescimento entre 0,1 ponto percentual, no cenário mais otimista, e 0,5 ponto, no cenário mais pessimista.

Fonte: Agência Brasil

Últimas Notícias

Cotait convoca a Rede para entrar em campo pelo Simples Nacional Cotait convoca a Rede para entrar em campo pelo Simples Nacional
REFORMA TRIBUTÁRIA 7 de novembro de 2024 às 15:55

Cotait convoca a Rede para entrar em campo pelo Simples Nacional

CACB publica livreto sobre Voto Distrital CACB publica livreto sobre Voto Distrital
Voto Distrital 7 de novembro de 2024 às 15:25

CACB publica livreto sobre Voto Distrital

Desbravando mares para o Empreendedor Azul Desbravando mares para o Empreendedor Azul
2º Seminário Economia do Mar 6 de novembro de 2024 às 18:07

Desbravando mares para o Empreendedor Azul

Cúpula de Líderes 2024: confira a programação Cúpula de Líderes 2024: confira a programação
Evento 6 de novembro de 2024 às 17:44

Cúpula de Líderes 2024: confira a programação

CACB e Facesp lançam o programa “Poder da Rede” em São Paulo CACB e Facesp lançam o programa “Poder da Rede” em São Paulo
Melhoria da representatividade 6 de novembro de 2024 às 17:36

CACB e Facesp lançam o programa “Poder da Rede” em São Paulo

Setor produtivo destaca que regulamentação da Reforma não pode ter viés arrecadatório Setor produtivo destaca que regulamentação da Reforma não pode ter viés arrecadatório
Reforma Tributária 6 de novembro de 2024 às 14:51

Setor produtivo destaca que regulamentação da Reforma não pode ter viés arrecadatório

Serviços

Ver todos

Soluções dedicadas ao empresário brasileiro

Conheça nossos serviços para a sua empresa.

Conhecimento e informação nos conectam

Compartilhamos conteúdo do seu interesse

  •  
m\

Eventos

Ver todos

Agenda dos Eventos Empresarias

Participe dos eventos organizados por entidades que apoiam os empresários do Brasil.

Busca

Fechar

Categorias de Serviços

Fechar

Categorias de Vídeos

Fechar

Entidades

Fechar
Logomarca Hotpixel