A CACB participou, na última quarta-feira (31), de um encontro com o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e com o coordenador do Grupo de Trabalho da matéria na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG), para tratar dos impactos que a medida trará para o setor de comércio e serviços.
Durante a agenda, ambos os parlamentares garantiram que o relatório será entregue na próxima terça-feira (06) e que a votação do texto vai ocorrer antes do recesso parlamentar de julho. “Já há um texto, tem diretriz. Agora, é preciso, democraticamente, conversar com as bancadas. Acredito que a votação aconteça até o fim deste mês”, disse Aguinaldo.
O encontro foi promovido pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS), a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) e a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). Durante a reunião, foi entregue aos parlamentares presentes um documento formal com o posicionamento das entidades que compõem a Unecs com relação à reforma.
O deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), vice-presidente Administrativo da CACB e presidente da FPE, destacou a importância de se fazer adequações no texto, de acordo com a realidade do nosso país. “Se quisermos ser protagonistas da reforma, agora é a hora de apresentarmos números, fazermos a conta e dizer, de fato, em quanto o setor de serviços será prejudicado com o texto que está posto”, declarou. Bertaiolli também defendeu a criação de um IVA com percentuais adaptados a cada segmento econômico.
Para o presidente da FCS na Câmara, Domingos Sávio (PL-MG), essa é uma matéria de grande relevância para o setor e não deve ir à frente sem discussões em torno do impacto que as mudanças podem trazer. “É um assunto muito complexo, mas é preciso pensar e discutir agora aquilo que precisa ser mudado. Lá na frente será muito mais difícil”, afirmou.
Já o presidente da FCS no Senado, Efraim Filho (União-PB), voltou a pedir que se observe os efeitos da reforma na vida de quem empreende. “Precisamos de um texto que facilite a vida de quem produz e gera emprego no país, não a vida do governo. Essa será facilitada quando o pagador de imposto tiver espaço para trabalhar com tranquilidade”, aponta.
“Seguiremos atentos ao tema e trabalhando para que o texto seja o melhor possível para o setor produtivo”, disse Anderson Trautman Cardoso, vice-presidente e coordenador do Comitê Jurídico da CACB, logo após o encontro. Para ele, é importante que todos os interessados fiquem de olho no assunto, cujos debates devem se intensificar durante o mês de junho.
Pela CACB, também participou da reunião o superintendente, Carlos Rezende.