O presidente da CACB, George Pinheiro, participou nesta terça-feira (28) do V Fórum Nacional do Comércio, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), e que entre hoje e amanhã receberá as principais lideranças do varejo nacional e autoridades políticas dos poderes Executivo e Legislativo para debater a construção de caminhos para a retomada econômica pós-pandemia.
Pinheiro participou do painel “As reformas e os impactos na economia”, ao lado do senador Roberto Rocha (PSDB/MA) – relator da PEC 110 -, dos deputados Darci de Mattos (PSD/SC) – relator da reforma administrativa – e Luiz Carlos Motta (PL/SP) – relator da CBS, do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, e do presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.
Em sua fala, o senador Roberto Rocha defendeu uma reforma tributária ampla, que una os projetos da Câmara e do Senado de forma que um não inviabilize o outro. “[A reforma] tem que ser para o conjunto da sociedade, que é quem paga imposto. Não basta virar a página, temos que escrever um novo livro tributário para o Brasil”, afirmou.
Segundo ele, o relatório da PEC 110 está quase pronto e deve ser apresentado nos próximos dias, para caminhar em conjunto dos projetos do Imposto de Renda e da CBS, por exemplo, para sintonizar as ideias e fazer com que elas caminhem juntas, para um mesmo rumo.
Evidenciando a atuação política das entidades do setor produtivo, em especial a CACB e as outras instituições que integram a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), juntas das frentes parlamentares da Micro e Pequena Empresa e de Comércio, Serviços e Empreendedorismo, George Pinheiro questionou os parlamentares sobre a possibilidade de as reformas serem aprovadas.
O deputado Darci de Matos afirmou que sim, ainda este ano a Câmara deve concluir a votação da PEC 32, que versa sobre a reforma administrativa. Para ele, o Estado muito engessado, muito lento e que cobra pouco justificam a necessidade de enxugar o poder público. “Estamos em meio a uma guerra em que a participação do setor produtivo é fundamental. Ou nós enfrentamos e mudamos, ou poderemos perder a oportunidade de fazer as grandes reformas de que o Brasil precisa e merece”, declarou, ao pedir apoio mais firme dos empresários ao projeto.
Ainda segundo o deputado, a reforma deve, principalmente, modernizar o serviço público e combater a parcela de servidores que recebem, mas não fazem nada, o que, para ele, não é nada justo com o país.
Já Luiz Carlos Motta, relator do projeto que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), disse acreditar a proposta seja votada até o começo de novembro, mantendo o compromisso de ouvir todos os setores da economia. “Já fiz mais de 60 reuniões com várias entidades e setores e sei da complexidade do tema. Por isso, quero apresentar um relatório que dê garantia jurídica às empresas, para que possamos ter mais competitividade e atrairmos mais investimentos”, afirmou.
O V Fórum Nacional do Comércio vai até esta quarta-feira (29) e pode ser acompanhado online. Acesse o site do evento (https://cndl.org.br/forum/) e acompanhe!