
Senador Sergio Moro participou da 20º reunião ordinária do conselho de Administração da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) | Fotos: Reisy Ruzzi
“A casa é de vocês, sejam muito bem-vindos”. Foi com essas palavras que o presidente Alfredo Cotait Neto abriu a vigésima reunião ordinária do conselho de Administração da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), realizada na sede da CACB, em Brasília, com a presença do senador Sergio Moro (União/PR).
A plenária com representantes de 34 associações é um cenário que o presidente da CACB espera ver se repetir. ”Aqui é um braço avançado do sistema”, explicou citando a estrutura da Confederação: “ Existe a sala dos presidentes de federações, mas não é só para eles, é para os presidentes de associações e para os associados, é importante a gente ter essa cultura”.
Embora a reunião desta terça-feira (22) tenha sido capitaneada pelo Paraná, a estrutura da Confederação está disponível para todos os estados. “Vocês não sabem a importância que é vocês se organizarem e virem para Brasília. Tudo acontece aqui, já fui senador e sei como acontece a máquina, se a gente não vier aqui e pressionar eles se reúnem em quatro paredes e, quando a gente olha, está resolvido”, disse Cotait.
E foi com essa visão estratégica que o presidente da Faciap, Fernando Maurício de Moraes, introduziu a conversa com o senador Moro no contexto da Reforma Tributária:” A gente queria entender melhor como está a tramitação no Senado para apoiá-lo da melhor forma possível”.
O parlamentar disse aos conterrâneos que buscou apresentar emendas coletivas para que a Reforma não resultasse em aumento de tributo, mas que infelizmente as mais importantes não foram acolhidas. E já que foi aprovada, “tem que regulamentar para reduzir erros”. Sergio Moro foi um dos parlamentares que subscreveu o requerimento do senador Izalci Lucas para que a RT passe também pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).” Como é um texto muito extenso, tem que analisar com calma e, como diz o ditado, ‘O diabo mora nos detalhes’”. E acrescentou que está “à disposição para apresentar emendas, mas é importante que sejam pressionados os representantes do Senado”.

Representantes de 34 associações participaram do encontro que durou a manhã toda na sede da CACB
Questionado pelo representante do município de Cascavel, Carlos Guedes, sobre como lidar com as questões dos lobbies setoriais, Moro explicou que os argumentos têm que ter justificativa econômica e ressaltou que no caso da CACB o lobby não é para um setor, mas para uma abrangência ampla.
Neste momento, Cotait explicou que os técnicos da CACB estão preparando as emendas porque a solução é técnica, mas que “do ponto de vista político, o Simples Nacional é um processo social de inclusão, estimulação do pequeno, porque você não começa grande, começa pequeno”
Evolução
O encontro também foi uma oportunidade para que o superintendente da CACB, Carlos Rezende, falasse um pouco sobre a história, o funcionamento e os serviços oferecidos pela Confederação.
Sobre o momento atual, Rezende ressaltou que hoje a CACB tem representação política promovendo debates com nomes de peso em Brasília. Além disso, a organização já obteve muitos resultados atuando em pautas convergentes com outras entidades como Abras, Abrasel e Afrac “em ações coordenadas junto ao governo”, citando como exemplo os trabalhos pela Reforma Trabalhista e pela “lei da diferenciação de preços”.