A União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) também se posicionou contrária ao pedido das administradoras de cartões para que as compras parceladas no crédito fossem acrescidas de juros.
A extinção da modalidade poderia reduzir, aproximadamente, 10% das vendas do comércio. Este número representa, segundo a Associação Brasileira das Instituições de Pagamento (Abipag), cerca de R$ 90 bilhões que seriam pagos na forma de juros, ao invés de serem destinados ao consumo. Ou seja, a medida privilegiaria os bancos, que cobrariam juros muito mais altos do que já cobram, transvestidos como venda “sem juros” no cartão, uma estratégia sem fundamento.
Leia a nota de posicionamento da Unecs:
“A Unecs repudia a proposta da Abecs ao BC (conforme reportado do jornal Valor Econômico no dia 30 de janeiro) em relação ao Crediário e de pôr fim ao parcelamento sem juros feitos diretamente pelos lojistas por entender que estas são importantes ferramentas à disposição do empresário para definir suas estratégias de preço e condições de pagamento. Defendemos que a discussão sobre um assunto dessa relevância não pode avançar sem envolvimento dos representantes do setor de comércio e serviços, em especial daqueles que representam os pequenos e médios negócios. O parcelamento lojista atualmente representa a melhor e mais barata forma de estimular o consumo.
Paulo Solmucci
Presidente Unecs”
Na semana passada, a CACB também se posicionou contrária à medida. Clique e acesse o texto divulgado pela Confederação.