Grupo ficou reunido por mais duas horas depois da palestra do ministro da Justiça
20 de março de 2025 às 11:14
Primeira reunião do Conselho Deliberativo da CACB em 2025 | Fotos: Alan Rones
Após o encerramento da participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na abertura da reunião do Conselho Deliberativo nesta quarta-feira (19), o grupo de presidentes de federações seguiu tratando de questões internas da CACB.
O presidente Alfredo Cotait disse que o Conselho dita as regras da instituição e que a missão da CACB e das federações é organizar o sistema para que ele fique mais fortalecido. Para este ano de 2025, Cotait contou que uma das causas abraçadas é a campanha pela implementação do Voto Distrital no Brasil. “Esse modelo eleitoral devolve a responsabilidade para a população combater um pouco essa coisa de eleger deputado sem nenhuma representação”, explicou o presidente falando, ainda, que esse modelo eleitoral serve também para combater desvios que podem vir das redes sociais: “tem o caso clássico de uma pessoa que foi eleita no Brasil pelas redes sociais, mas morava nos Estados Unidos”.
Alfredo Cotait, presidente da CACB, ao lado do superintendente, Carlos Rezende
O presidente da CACB abordou também o G50+, grupo criado para dar força ao sistema. “Um conselho das associações comerciais que, a princípio, terá 50 integrantes, mas que pode ter mais. Tem muita associação comercial que está mais próxima da CACB do que as federações, isso sem demérito algum.” E contou que a primeira reunião do G50+ será realizada na Bahia, no dia 31 de março.
Álvaro Morais, vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais da Paraíba (FacePB) colocou para o grupo uma preocupação em relação ao crédito consignado a trabalhadores do setor privado que foi anunciado pelo Governo Federal neste mês. “Isso vai acabar ainda mais com a renda das pessoas e gerar um problema”. Atento ao comentário, Alfredo Cotait solicitou ao vice-presidente jurídico da CACB, Anderson Trautman Cardoso, que passasse a acompanhar o assunto.
COP 30
Elisabete Grunvald, presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), deu notícias sobre como o estado está se preparando para a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro. “Sete hotéis foram construídos, o terminal portuário foi ampliado e vai receber dois transatlânticos com capacidade para oito mil pessoas funcionando como um hotel, o aeroporto será modernizado e há conversas com a Infraero e com o Ministério do Turismo para serem abertas novas rotas”.
Elisabete completou o raciocínio dizendo que a ideia é colocar a CACB para liderar questões ligadas ao meio ambiente dentro do setor produtivo. José Adeu Torres, presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiânia (Acig), contou que a entidade vai realizar um evento para tratar sobre sustentabilidade com palestrantes nacionais e internacionais.
Márcio Bragança, presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Empresariais do Tocantins (Faciet), fez uma homenagem ao presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto
Comitê Jurídico e Empreender
Anderson Trautman Cardoso, vice-presidente jurídico da CACB, fez um resumo das principais ações do comitê jurídico e lembrou as atividades do grupo realizadas na véspera: a reunião mensal e a visita ao gabinete do senador Mecias de Jesus (REPUBLICANOS- RR).
Anna Carolina Mauger, gerente do Empeender, explicou como funciona um dos eixos do programa, a Melhoria da Representatividade das MPEs, que tem como foco o fortalecimento das ACEs através da realização de diagnósticos e planejamentos estratégicos nas entidades.
Elisabete Grunvald, presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), falou sobre os impactos da COP30
CMECA presidente do CMEC Nacional, Ana Claudia Badra Cotait, fez um balanço sobre o crescimento do grupo que já tem 900 conselhos e contou um pouco sobre o We Fórum, evento que será realizado semana que vem com a presença de todas as conselheiras, em Belo Horizonte. “Será um projeto muito direcionado para comprador e exportador, com a presenças de mulheres de países como Rússia e China”, complementou Mônica Monteiro, conselheira da presidência da CACB.
Anna Carolina Mauger, gerente do Empreender, explicou aos presentes detalhes do programa
Transparência
O diretor financeiro da CACB, Valmir Rodrigues, explicou ao grupo que a intenção dele era fazer a prestação de contas durante a reunião, mas houve um acidente com o auditor do balanço e apresentação precisou ficar para o próximo encontro.
Flávio Furlan, que recentemente assumiu a presidência da Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), falou em nome da própria entidade e da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). Ele relatou que as entidades não são contra o G50+, “mas a ideia deveria ter sido discutida, já que o sistema associativo é uma pirâmide”.
O superintende da CACB, Carlos Rezende, explicou que a decisão foi tomada na reunião do último conselho, quando Flávio ainda não havia tomado posse, e com Santa Catarina “houve um ruído de comunicação”. O vice-presidente da CACB, Itamar Manso”, resumiu o momento que a instituição se encontra: “Estamos vivenciando a nova CACB nesse segundo mandato, um momento de transparência. É importante essa divergência, somente com ela podemos progredir”.
