Em discurso no V Fórum Nacional do Comércio, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que aqueles que dizem que o Brasil terá um 2022 ruim na economia estão mentindo.
Para ele, a equipe econômica realizou um bom trabalho nos anos do governo Bolsonaro, e o que impediu um crescimento mais expressivo do país foram fatos que, em teoria, estariam fora do controle do governo, como desastres ambientais e a pandemia. Em 2022, disse ele, a história deve ser outra.
“Como é que fica para o ano que vem? Eu acho que a economia está voando, está vindo com força. Os juros vão subir um pouco para tentar frear a inflação, é verdade, mas as duas coisas são indissociáveis. O crescimento está encomendado e contratado, o Brasil vai crescer no ano que vem, acima de tudo porque os empresários acreditam no Brasil e sabem que estamos fazendo o trabalho na direção correta”, disse.
“Nós vamos baixar os impostos. Nós estamos abrindo a economia gradualmente, nós estamos privatizando empresas, estamos cada vez mais indo em direção a uma economia de mercado”, justificou Guedes, ao defender, também, a necessidade de aprovação da PEC dos Precatórios e da reforma do Imposto de Renda. Ele ressaltou que, em meio à alta inflação, é importante dar um aumento ao Bolsa Família.
Guedes também disse que os recursos do governo federal enviados a estados e municípios em 2020 para combater a pandemia ajudaram a manter a situação fiscal sob controle nesses entes federativos.
“Todos os estados estão bem, porque nós pedimos a contrapartida que eles mesmos não conseguiam fazer que era segurar os salários. Então nós falamos: ‘nós vamos dar dinheiro para a saúde, mas isso não pode virar uma celebração eleitoral, ficar dando aumento de salário em ano eleitoral'”, ressaltou.
Diante disso, Guedes diz ver uma forte tendência de que o setor privado se recupere da crise nos próximos meses. “O setor privado está vindo com tudo. E agora com a vacinação em massa o comércio está voltando. Agora é a hora do comércio, agora que vai chegar a turma do emprego – 70% do emprego brasileiro é comércio e serviços. Esse setor está começando a se levantar agora. Volta às aulas, vacinação em massa, abertura de restaurantes, então o Brasil está vindo com tudo. Além dos investimentos, R$ 540 bilhões contratados”, garantiu.
Com a tendência de volta à normalidade, o ministro não vê espaço para negatividade sobre o próximo ano. “Essa ideia de que o Brasil não vai crescer no ano que vem é política, é blá blá blá, é fake news, esquece. O desafio agora é saúde, emprego e renda”, concluiu Guedes.
O V Fórum Nacional do Comércio recebe as principais lideranças do varejo nacional e autoridades políticas dos poderes Executivo e Legislativo para debater a construção de caminhos para a retomada econômica pós-pandemia. Além do presidente da CNDL, José César da Costa, também representam a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) os presidentes da CACB, George Pinheiro; da Abad, Leonardo Severini; da Abras, João Galassi; da Abrasel, Paulo Solmucci; da Afrac, Paulo Peguim; e da Anamaco, Geraldo Defalco.
Para saber mais sobre o evento, acesse cndl.org.br/forum/.
*Com informações do Estado de Minas