Argentina considera que chegada de Macri foi chave nas negociações
3 de junho de 2016 às 10:12
Emmanuel Macron, ministro francês da Economia – Matthew Lloyd / Bloomberg
PARIS – O ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, expressou nesta sexta-feira seu desejo de que as negociações comerciais entre a União Europeia (UE) e o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) culminem com um “acordo ambicioso”, após uma troca de propostas recente.
As negociações são realizadas em um contexto de mudanças políticas no bloco sul-americano, devido à chegada de governos de cunho liberal na Argentina — um fator considerado chave pelo ministro argentino das Finanças — e mais recentemente no Brasil.
— Espero que (a negociação) conclua em um acordo ambicioso que responda aos nossos interesses mútuos, que possa reforçar e consolidar esta cooperação — disse Macron na inauguração em Paris de um Fórum Econômico sobre América Latina e Caribe.
A UE e o Mercosul trocaram em maio suas propostas sobre tarifas, um primeiro passo no novo ciclo de negociações para um acordo comercial. Foi a primeira troca de propostas desde 2004 e, segundo o ministro argentino das Finanças, Alfonso Prat-Gay, haverá outra em setembro.
Para Prat-Gay, a chegada ao poder do presidente Macri foi chave na reativação das negociações:
— Acredito que foi a mudança de governo na Argentina o que mobilizou uma discussão que estava estancada. O Brasil nos acompanhou, o presidente (François) Hollande nos acompanhou. Acreditamos que estamos a caminho de um acordo comercial e acreditamos que este acordo pode ser depois uma ponte com a Aliança do Pacífico.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank Steinmeier, disse na quinta-feira em Buenos Aires que seu país tem “grande interesse” e dará seu apoio para que as negociações cheguem a um bom resultado.
As negociações enfrentam fortes pressões de interesses em ambos os blocos.
Fonte: O Globo
