Consequências da Pandemia dominam reunião da Associação Comercial do Amazonas
Durante o primeiro encontro virtual do ano, crise causada pela Covid-19 no estado ganhou destaque
Na última quarta-feira (20), a Associação Comercial do Amazonas (ACA) abriu o ciclo deste ano de encontros com diretores, associados e convidados. Durante o encontro virtual, o presidente da entidade, Jorge Lima, permitiu que todos se manifestassem e, mesmo com tema livre, foi a pandemia e as consequências dela para o comércio que dominaram as discussões. Muitos dos presentes, em tom de desabafo, comentaram sobre as perdas de conhecidos e familiares e manifestaram preocupação com o colapso na saúde neste segundo pico da pandemia.
As reuniões da ACA são semanais, às quartas-feiras, obedecendo ao calendário anual, e desde o começo da pandemia passaram a ser realizadas por aplicativo via internet, para evitar aglomerações.
O vice-presidente, Paulo Couto, também lembrou das consequências do fechamento para a própria Entidade, que por ter prédios alugados, sofre perdas financeiras. Couto ainda responde por lojas no centro e, devido ao fechamento, já precisou desligar, pelo menos, 80 funcionários.
O associado Rosedilson Assis destacou que o comércio não deve voltar da mesma forma após esse segundo pico, e que quando isso ocorrer, será de forma gradativa, por isso são necessárias articulações para ajudar as empresas a sobreviverem neste período. Jorge Lima tem representado a Associação nas mais diversas discussões, buscando alternativas para o comércio.
Atrelado a isso, Couto ressaltou a ausência do auxílio emergencial e das liberações do FGTS para a população e que essas consequências econômicas e sociais devem trazer mais impacto negativo às empresas em 2021.
Alexandre Zuqui, que é diretor da ACA e superintendente da Associação Amazonense dos Supermercados, também se manifestou explicando os procedimentos e protocolos de segurança que vêm sendo adotados pela categoria que desenvolve atividade essencial. Zuqui se solidarizou com o comércio que está fechado, porque entende que o impacto é em todos setores.
Entre os convidados desse primeiro encontro de 2021, estiveram também alguns representantes da empresa XP Group. A sócia diretora, Joana Aires, ressaltou: “Na prática, a gente senta com o presidente da empresa, setores contábeis e jurídico, porque o nosso trabalho sempre é feito nas áreas fiscal e tributária, de olhar para dentro da empresa. Nós trabalhamos com recuperação de créditos porque é certo que a maioria das empresas paga impostos a mais”, disse.
Uma mulher na Vice-Presidência
Apesar do cenário difícil, o momento também foi de destacar que a arquiteta Yvone Leite é a primeira mulher vice-presidente da ACA. Ela passou a ocupar o cargo de segundo vice-presidente após o falecimento do empresário Rui Félix, em 31 de dezembro de 2020, vítima da covid-19. Yvone agradeceu as manifestações e se disse pronta a somar nessa nova função.
Além dela, a Entidade também tem, pela primeira vez, uma mulher como presidente do Conselho Fiscal. Desde o início do atual mandato, em junho do ano passado, a contadora Maria da Paz ocupa o cargo.
Assessoria de Imprensa da ACA