
Fotos: Marcos Pixart
O Conselho Empresarial da Amazônia Legal realizou, nesta segunda-feira (18), na sede da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), encontro para definir estratégias e prioridades rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA).
O evento reunirá líderes globais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil para debater soluções para a crise climática. O encontro também marcará uma década do Acordo de Paris, com o desafio de impulsionar medidas concretas para mitigar a crise ambiental.
Durante a conversa, o coordenador do Conselho, Marco Kobayashi, diretor secretário da CACB, apresentou um cronograma de encontros presenciais ao longo de 2025, voltados às demandas dos estados que compõem a Amazônia Legal: Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão. Segundo ele, cada estado destacará suas prioridades, com suporte do Conselho para sua estruturação. Também foi ressaltada a necessidade de um corpo técnico especializado para auxiliar na formulação dessas propostas.
A sustentabilidade foi apontada como tema central, com ênfase nos bionegócios e nas práticas ESG. “Não há como falar de negócios sem considerar a sustentabilidade. A pressão global pela adoção de práticas ambientais cresce continuamente, inclusive nas empresas brasileiras”, afirmou Kobayashi.
Nos próximos meses, o grupo pretende fortalecer parcerias institucionais e contribuir para políticas de desenvolvimento sustentável. “Com suporte técnico, queremos consolidar alianças, revisar a Carta de Santarém e manter a COP30 como tema permanente, garantindo maior protagonismo para as empresas da Amazônia”, destacou o coordenador.
A Carta de Santarém reúne reivindicações para o desenvolvimento sustentável da região, incluindo subsídios energéticos para reduzir custos de produção, medidas de combate à criminalidade e melhorias na infraestrutura, como pavimentação e duplicação de rodovias estratégicas. O documento busca impulsionar políticas públicas que fomentem o crescimento econômico e social dos estados amazônicos.
Para o conselheiro Cícero Noronha, vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia (FACER), a Carta precisa passar por alguns ajustes: “É necessário uma atualização deste documento, que foi produzido em 2019. Precisamos considerar o atual cenário global, as novas inclinações comerciais e tecnológicas, sempre conciliando empreendedorismo e sustentabilidade, alinhados ao perfil da região e ao forte apelo da COP30”.
Estiveram presentes também a presidente da Associação Comercial do Pará, Elizabete Grunvald, o presidente da Faciet, Fabiano do Vale e o Vice-Presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Mato Grosso, Rafael Furman.
O Conselho Empresarial da Amazônia Legal foi criado em 2023 para discutir políticas de investimento e infraestrutura na região, com o objetivo de impulsionar a economia da Amazônia.