O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República, conhecido como Conselhão, foi tema de uma das palestras desta quinta-feira (21), durante o 5º Fórum Nacional CACB Mil, em Brasília. A secretária do Conselho, Patrícia Audi, explanou sobre como os representantes da sociedade civil estão contribuindo para a gestão do executivo brasileiro.
Segundo ela, o Conselhão existe há 15 anos e foi criado a partir de um conceito de que deveria haver diálogo social para participação das políticas públicas, a partir da redemocratização do País. “A Constituição de 88, inclusive, incorpora a participação social de políticas públicas. Mas ainda nos anos 80, haviam poucos conselhos. Nesse meio tempo, houve fortalecimento de associações e representações empresariais e novas organizações da sociedade surgiram com força”.
O Conselhão foi criado em 2003, pelo ex-presidente Lula, com o objetivo de fortalecer a relação entre governo e empresários. Perdeu força no governo da presidente Dilma Rousseff e foi reativado em 2016, por Michel Temer, “num momento em que o País realmente precisava mais do que nunca, e ainda precisa muito, de diálogo”, reforçou Patrícia.
Em novembro de 2016, a composição do CDES foi alterada em 70% em relação aos integrantes, ficando muito mais participativo. As mulheres tiveram um aumento de 90% e temas como empreendedorismo, inovação, defesa de direitos, segurança e saúde, entre outros, passaram a ser discutidos.
“Assim iniciamos o trabalho do Conselho, exclusivamente da sociedade civil. Retiramos da composição o governo, diversificamos os temas e convidamos pessoas a partir de critérios técnicos para ter um debate efetivo sobre desenvolvimento econômico e social do país”, explicou a secretária.
O Conselhão representa grande parte do PIB e tem os segmentos mais dinâmicos da sociedade em sua composição, com uma gama de interesses sociais sendo debatidos. “Nosso desafio é fazer com que o diálogo seja sempre através da construção de consensos”, concluiu Patrícia Audi