A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) classifica como “inoportuna” a greve organizada por sindicatos para esta sexta-feira, 30 de junho. De acordo com o presidente da entidade, Alencar Burti, a possível paralisação não representa a vontade dos trabalhadores. Ele ainda pede cautela aos empresários. “Essa greve é extremamente inoportuna. Realizá-la sexta-feira fará com que o comerciante perca o último dia útil do mês em um momento em que a economia e o emprego esboçam uma leve tendência de recuperação. Um dia útil a mais ou menos faz diferença e só prejudica o País”, destaca Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Para ele, “a greve organizada por algumas categorias não representa a vontade do trabalhador, que está mais preocupado em produzir e vender, inclusive, para garantir seu emprego em uma época de crise”. Burti acrescenta que “paralisações também dificultam ainda mais a vida dos 14 milhões de brasileiros em busca de trabalho”.
“Os empresários têm que avaliar possíveis impactos sobre seus negócios, trabalhadores e clientes, de forma que, nas regiões em que seja possível trabalhar normalmente, é o que se espera que aconteça, pensando sempre na integridade física dos colaboradores”, aconselha Burti.
Recomendações
• Os comerciantes devem ser compreensíveis com os funcionários e, em caso de faltas em decorrência da limitação do transporte público, não descontar o dia.
• Estimular caronas entre funcionários ou, se viável, fornecer transporte particular a partir de pontos de encontro, como estações do Metrô.
• Avisar clientes para possíveis atrasos ou problemas em entregas, em função de vias interditadas ou conflitos entre policiais e manifestantes.
• Ligar para fornecedores e antecipar ou reagendar entregas e retiradas de mercadorias.
• Organizar o pagamento de contas para evitar contratempos e o pagamento de multas e juros.
• Estabelecimentos que trabalham com delivery devem analisar a viabilidade de funcionamento neste dia.
• Acompanhar o teor das manifestações pelos meios de comunicação. Em casos de confrontos violentos ou de grande concentração de pessoas, analisar a possibilidade de liberar os funcionários mais cedo.
• Atenção especial em regiões próximas às estações do Metrô e em locais costumeiros de manifestação (Av. Paulista, Centro, Viaduto do Chá, Largo da Batata). O comerciante deve tomar precauções para cuidar do patrimônio da empresa e da integridade física dos colaboradores e clientes, caso haja conflitos nas proximidades.
• Antecipar promoções e liquidações para quinta-feira, estimulando o consumidor a realizar antes as suas compras.
Fonte: ACSP