O volume de vendas do varejo ampliado paulista caiu 3,7% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. No varejo restrito ― que não contabiliza lojas de materiais de construção e concessionárias de veículos ― o recuo foi de 3,3%. Os dados são da pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“As retrações chamam a atenção por terem sido menores do que o previsto, uma vez que abril deste ano teve dois dias úteis a menos. Além disso, o comércio foi prejudicado pela paralisação do transporte coletivo”, avalia o presidente da entidade, Alencar Burti.
“As quedas foram menores em relação aos meses anteriores porque se parte de uma base de comparação fraca. Além disso, é possível considerar a pequena recuperação da renda das famílias ― decorrente da forte desaceleração da inflação ― e a comemoração da Páscoa em abril (ano passado foi em março)”, afirma Burti, que também é presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
VAREJO PAULISTA AMPLIADO 2017
(volume de vendas sobre igual mês do ano anterior)
– Abril: -3,7%
– Março: -3,9%
– Fevereiro: -11,2%
– Janeiro: -6,7%
VAREJO PAULISTA RESTRITO 2017
(volume de vendas sobre igual mês do ano anterior)
– Abril: 3,3%
– Março: -4,8%
– Fevereiro: -10,8%
– Janeiro: -8%
Quadrimestre
Nos quatro primeiros meses do ano, o varejo ampliado paulista caiu 2,2% sobre igual período de 2016. Já o restrito recuou 2,4%.
Regiões
Em abril, das 20 regiões paulistas analisadas pela pesquisa, Jundiaí foi a única a registrar aumento em volume de vendas do varejo ampliado (1,1%). Todas as outras tiveram saldo negativo, sendo o pior deles na região Metropolitana Oeste (-8,2%).
No acumulado do quadrimestre, Jundiaí apresentou a maior elevação (3,4%), seguida de outras regiões: Sorocaba/Vale do Paranapanema (1,8%), Araraquara (1,8%) e Ribeirão Preto/Baixa Mogiana/Franca (1,1%).
Setores
Dos nove setores pesquisados, três registraram aumento em abril frente a igual mês de 2016: lojas de departamentos/eletrodomésticos/eletrônicos (8,7%), lojas de vestuário/tecidos/calçados (4%) e lojas de móveis/decorações (2,9%).
As maiores retrações ocorreram nos segmentos de lojas de material de construção (-11,8%), farmácias/perfumarias (-9,5%) e outros tipos de comércio varejista (-13,1%). Em abril, vale lembrar, passaram a valer os reajustes no preço dos medicamentos, o que pode explicar a forte queda do setor.
A pesquisa ACVarejo é elaborada pelo Instituto de Economia da ACSP com base em informações oficiais da Secretaria de Fazenda do Estado.
Veja na íntegra:
Boletim ACVarejo
Tabela setores
Fonte: ACSP