Valdir Moysés Simão assumiu o Ministerio do Planejamento na manhã desta terça-feira (22), em cerimônia realizada em Brasília. A chefia da pasta era de Nelson Barbosa, que foi empossado na véspera como o novo ministro da Fazenda, no lugar de Joaquim Levy.
Após a cerimônia, em conversa com jornalistas, o novo ministro falou sobre CPMF e Previdência, dois dos temas que têm centrado as discussões dentro do governo e do Congresso.
Para Simão, a CPMF está prevista e é “muito importante” para que a meta de superávit seja atingida no próximo ano. “Vamos trabalhar para sua aprovação também.” A meta de superávit primário em 2016 será o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
O novo ministro destacou ainda que novas medidas legislativas serão necessárias, principalmente na área da Previdência.
“Nós precisamos discutir alternativas para retardar a entrada na inatividade. Nós temos hoje uma mudança na nossa pirâmide demográfica em função da redução na taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida. Nós temos que adaptar o sistema para que ele tenha a sustetabilidade e se equilibre para garantir o beneficio para as futuras gerações”, disse.
O “retardamento” para a aposentadoria pode ser feito por meio do “estabelecimento de limite de idade ou por uma conjunção entre idade e tempo de contribuição” . “Isso tem que ser debatido e temos que buscar uma fórmula que atenda nossa expectativa de médio e longo prazo e que seja aprovado pelo Congresso Nacional. Para garantir a sustentabilidade, precisamo fazer esses ajustes.”
Simão é ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU) desde janeiro de 2015. Com a ida dele para o Planejamento, Carlos Higino Ribeiro de Alencar assume interinamente como chefe da CGU.
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