O relator da Reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai ler seu parecer nesta terça-feira na comissão especial que analisa a matéria na Casa. Ele participa de um café da manhã no Palácio da Alvorada com o presidente Michel Temer, ministros e aliados na manhã desta terça. O presidente do colegiado, Carlos Marun (PMDB-MS), informou que o relatório será lido na quarta-feira, às 9h.
— Tendo em vista a intensidade das conversações que se estabeleceram ontem (segunda-feira), que vão se estabelecer ainda hoje (terça-feira) nesse café da manhã e outras tratativas que acontecerão, o relator solicitou mais algumas horas para poder, inclusive, incluir no relatório o resultado dessas conversações — disse Marun, após conversa com Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e Arthur Maia.
Maia e Marun decidiram adiar a leitura porque alguns pontos do parecer ainda não estão fechados. O principal imbróglio é sobre a idade mínima para aposentadoria das mulheres. A bancada feminina da Câmara, composta por 55 deputadas, tenta fechar acordo para fixar a idade em 62 anos, menor do que os 65 anos previstos para os homens.
Segundo Marun, o governo não vê prejuízo na alteração da data já que o calendário de votação na comissão está mantido para a próxima semana, entre 26 e 27 de abril.
— É melhor concedermos mais horas para que tenhamos amanhã (quarta-feira) um texto definitivo — disse Marun.
O deputado explicou que o relator Arthur Maia terá uma nova reunião, nesta terça-feira, com os senadores para também incorporar ao texto suas proposições e facilitar a aprovação do projeto no Senado. O presidente da comissão ressaltou, entretanto, que não há possibilidade de novo adiamento da leitura do relatório. A principal questão que ainda está em discussão, segundo Marun, é a idade mínima para aposentadoria. Segundo ele, existe o entendimento de boa parte da base, não só da bancada feminina, de que efetivamente deve se manter uma diferenciação entre a idade mínima de aposentadoria de homens e mulheres.
— Não é uma unanimidade, mas estamos avançando no sentido de chegar a bom termo — disse.
Fonte:Estadão, Agência Brasil e ClicRBS