A intenção de consumo das famílias atingiu 69,9 pontos em maio, em uma escala de 0 a 200. Este é o menor nível já registrado desde quando a pesquisa foi iniciada, em janeiro de 2010, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na comparação com abril, o índice teve queda de 4,6%. Já na comparação com maio de 2015, queda na intenção de consumo foi maior, de 27,5%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19).
A queda foi maior entre as famílias que ganham até 10 salários mínimos. Para esse grupo, a intenção de consumo caiu 29% na comparação com maio de 2015. Entre os grupos que têm uma renda maior, o recuo foi de 19,6%.
Já entre as regiões, a maior queda da comparação anual foi registrada no Norte, com recuo 32,6%, seguido pelo Nordeste, com 30%. No Sudeste, a intenção de consumo diminuiu 26,7%; no Sul, 25,4% e no Centro-Oeste, 22,8%.
Famílias comprando menos
O indicador que apresentou a maior queda em maio foi o nível de consumo atual, com recuo de 8,7% na comparação com abril e de 39,2% em relação ao mesmo período de 2015. A maior parte das famílias, 65,9%, afirma que que está comprando menos que no ano passado.
Houve também queda no indicador de consumo de bens duráveis, que chegou a 42,9 pontos. O nível representa queda mensal de 3,7%, e de 39,1% na comparação com maio de 2015. A grande maioria das famílias, 75,7%, considera o momento atual desfavorável para compra desse tipo de bem.
Emprego
O indicador relacionado ao emprego atual atingiu 100,2 pontos em maio, também o menor já registrado pela pesquisa. O número representa queda de 2,5% em relação a abril e de 15% na comparação com maio de 2015.
Sobre a segurança em relação ao emprego atual, foi registrada uma pequena diferença entre os que se dizem mais confiantes em relação ao ano passado e os que se sentem menos seguros. Os mais confiantes são 29,4%, enquanto 29,2% se dizem menos seguros. 24,5% disseram que a expectativa é igual à do ano passado, e 16,9% não responderam.
Já o indicador de perspectiva profissional atingiu 93 pontos, uma queda de 3,9% em relação a abril e de 15,9% na comparação com 2015. A maioria das famílias, com 48,38%, diz que as perspectivas no trabalho são negativas para os próximos 6 meses, contra 41,8% que afirmam serem positivas. 9,4% não responderam.
Fonte: G1