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BANCO CENTRAL

Inadimplência e juros bancários são os maiores em 5 anos, diz BC

Juro médio somou 50,9% ao ano em março, maior taxa da série histórica.Inadimplência, por sua vez, avançou para 5,6%, informou o BC

28 de abril de 2016 às 19:09
Foto: Tatiana Mihaliova / Shutterstock

Foto: Tatiana Mihaliova / Shutterstock

A taxa média de juros cobrada pelos bancos e a inadimplência avançaram em março e atingiram o maior patamar da série histórica do Banco Central, que começa em março de 2011.

Números divulgados pelo BC nesta quinta-feira (28) apontam que os juros bancários médios, sem contar crédito rural, imobiliário e do BNDES, cresceram 0,3 ponto percentual em março, para 50,9% ao ano. Já a inadimplência destas operações, para pessoas físicas e para empresas, atingiu o patamar de 5,6% em março.

Em ambos os casos, são as maiores taxas em 5 anos.

O aumento da inadimplência das empresas e das famílias acontece em um momento de forte recessão na economia brasileira. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 3,8% e, para este ano, a previsão de economistas é de um tombo maior ainda (3.88%).

Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego superou 10% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano.

O BC informou que a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres (sem contar crédito rural e habitacional), que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, somou 6,2% em março – o maior patamar desde junho de 2013, quando somou 6,3%.

Já a taxa de inadimplência de empresas subiu de 4,8% em fevereiro para 4,9% em março, o maior nível desde o início da série – em março de 2011.

Os números do Banco Central mostram que os juros cobrados de pessoas físicas subiram 1,3 ponto percentual em março, para 69,2% ao ano (também o maior da série), enquanto que os juros cobrados das empresas recuaram de 31,9% em fevereiro para 30,9% ao ano em março.

Juro bancário x taxa básica

O aumento dos juros bancários, no ano passado, acompanhou a alta da taxa básica da economia, fixada pelo Banco Central a cada 45 dias para tentar conter as pressões inflacionárias. A taxa Selic, porém, subiu bem menos do que os juros bancários.

Desde o início de 2015, taxa avançou de 11,75% para 14,25% ao ano, ou seja, um aumento de 2,5 pontos percentuais. Os números mostram que os bancos elevaram suas taxas de juros ao consumidor de maneira bem mais intensa. Neste período, a taxa cobrada nas operações com pessoas físicas subiu 17,2 pontos percentuais.

Reportagem publicada pelo jornal norte-americano “The New York Times”, no fim de 2014, informou que os juros praticados em algumas linhas de crédito no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”, citando os cartões de crédito.

Estudo da consultoria Economática, divulgado em março deste ano, informa que a mediana da Rentabilidade sobre o Patrimônio (ROE) de todos os bancos brasileiros de capital aberto no ano de 2015 foi de 10,78%, contra 7,92% dos bancos dos Estados Unidos.

Quando se considera apenas os bancos com ativos acima de US$ 100 bilhões (Itau-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander), a mediana da rentabilidade sobre o patrimônio dos bancos brasileiros foi maior ainda: de 20,06% em 2015.

‘Spread’ bancário

Com o aumento das taxas de juros bancárias de pessoa física em março, houve aumento do chamado “spread bancário” – que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e quanto cobram de seus clientes.

Em fevereiro deste ano, “spread” nas operações com pessoas físicas somava 52,6 pontos percentuais. Em março, avançou para 55 pontos percentuais. Deste modo, o spread continua em um patamar historicamente elevado. Em doze meses, houve um forte aumento de 13,6 pontos percentuais.

O “spread” é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

Fonte: G1

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