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ECONOMIA

Escalada do desemprego acelera desigualdade de distribuição de renda

20 de junho de 2016 às 15:00
Atividade econômica tem queda no 1º trimestre - Foto: Antonio Gauderio/Folhapress

Atividade econômica tem queda no 1º trimestre – Foto: Antonio Gauderio/Folhapress

A escalada do desemprego tem produzido um efeito adverso na distribuição de renda do país. Após anos de queda contínua, a desigualdade -a distância de renda entre ricos e pobres- voltou a crescer com força no primeiro trimestre deste ano.

A tendência é objeto de estudo do professor da USP Rodolfo Hoffmann, especialista em políticas sociais, que usou dados do IBGE para estudar o impacto da falta de vagas.

Desde o início do segundo mandato da presidente afastada, Dilma Rousseff, em 2015, a desigualdade entre os que compõem a força de trabalho (desempregados e ocupados) aumentou quase 3%. É bastante para um indicador que varia pouco ao longo tempo. Nesse período, a taxa de desemprego subiu de 7,9% para 10,9%.

O levantamento se baseia em informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), cuja série começou em 2012. E capta apenas os movimentos da renda proveniente do mercado de trabalho.

Deixa de lado, portanto, recursos que venham de aposentadoria, pensões e aluguéis, por exemplo.

Assim, se a pessoa perdeu o emprego, a renda, por esse estudo, vai a zero, mesmo que eventualmente receba recursos do Bolsa Família ou da Previdência.

Seguro-desemprego e FGTS, que têm efeitos só temporários, também não são computados.

A métrica mais apurada para medir a desigualdade é a renda dividida por morador de um domicílio, mas esse dado só é divulgado pelo IBGE uma vez por ano, em setembro. Até lá, para não ficar no escuro, estudiosos costumam usar como régua a renda dos trabalhadores ocupados.

NÚCLEO DA RECESSÃO

Hoffmann, porém, decidiu trilhar outra via, para ajustar a visão sobre o que considera o núcleo da recessão.

“Como uma característica importante da crise é o aumento do desemprego, é mais apropriado analisar a distribuição do rendimento da força de trabalho, e não apenas dos ocupados. Considerar apenas os ocupados implica desconsiderar os desempregados”, diz.

No primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, 11,089 milhões de pessoas tentaram, sem êxito, se ocupar. São desempregados pela estatística oficial. A informalidade também aumentou no período.

Entre o primeiro trimestre de 2015 e o início deste ano, segundo Hoffmann, “aumentou o desemprego, diminuiu a renda média e cresceu a pobreza”.

Leia mais na Folha de S. Paulo

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