Empreender
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O empreendedorismo como instrumento de transformação foi o tema central do debate realizado pela CAIXA, nesta terça-feira (19), para marcar o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. O evento, realizado em Brasília, contou as presenças das palestrantes Ana Fontes, idealizadora da Rede Mulher Empreendedora; Janete Vaz, fundadora do Grupo Sabin; Renata Malheiros, coordenadora nacional de projetos de empreendedorismo feminino do Sebrae, e de Gabriela Mansur, promotora de justiça e criadora do blog Justiça de Saia. No evento, a CAIXA anunciou o lançamento de uma linha de capital de giro de R$ 5 milhões, exclusiva para empresas com maioria societária feminina.
A especialista do Sebrae, Renata Malheiros, apresentou um retrato da situação atual do empreendedorismo feminino no Brasil. Segundo ela, apesar de responderem por metade dos negócios criados atualmente no país, as mulheres ainda enfrentam uma série de obstáculos, que colocam suas empresas em situação de desigualdade em comparação com os negócios liderados por homens. Prova disso é que, apesar das mulheres empreendedoras terem um nível de escolaridade superior (em anos de estudo) ao dos homens, as empresas lideradas por mulheres faturam 22% menos. Por trás dessa realidade, de acordo com Renata Malheiros, está uma cultura limitante, que impõe às empreendedoras dificuldades ainda mais complexas que as enfrentadas por homens na hora de abrir e administrar uma empresa.
Para se contrapor a essa situação, a coordenadora nacional de projetos de empreendedorismo feminino do Sebrae ressaltou o trabalho que a instituição vem desenvolvendo nos últimos anos, por meio de programa “Mulher de Negócios”. “O Programa busca apoiar pequenas empresas lideradas por mulheres empreendedoras que querem ser independentes e tornar seus sonhos realidade. Para isso, o Sebrae trabalha pela melhoria da gestão por meio do conhecimento, inovação, networking, mentorias e incentivo à autonomia para tomada de decisões”, comenta Renata.
Renata Manssur, promotora de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica, destacou a informação de que o Brasil ocupa hoje a quinta colocação em número de casos de violência contra a mulher. Em sua experiência, a promotora percebeu que o empreendedorismo pode ser um instrumento de emancipação financeira e independência para milhões de mulheres que vivem em situação de violência, e uma forma concreta de quebrar o ciclo de agressões e ameaças enfrentado por elas.
Ana Fontes, idealizadora da Rede Mulher Empreendedora, apresentou o resultado dos trabalhos desenvolvidos pela instituição que conta hoje com mais de 500 mil mulheres empreendedoras cadastradas. A Rede é a primeira e maior plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil e já capacitou mais de 135 mil mulheres. Ana Fontes ressaltou a importância de apoiar e estimular as empreendedoras brasileiras, em razão do impacto social que o empreendedorismo feminino tem no país. A empresária Janete Vaz, fundadora do Grupo Sabin, falou sobre a trajetória da empresa que hoje conta com mais de 5.500 funcionários, em 280 unidades espalhadas pelo país. Referência em gestão de pessoas, o grupo tem sido eleito, por 13 anos consecutivos, como uma das 10 melhores empresas para se trabalhar.
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