Empreender
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O convênio de Retomada do Programa Empreender com o Sebrae, que teve início em março de 2015, já ultrapassou as metas estipuladas para o período, alcançando 1.591 empresas. A previsão para julho de 2017 é chegar a 60 municípios com 3.000 empresas e pelo menos 300 núcleos setoriais – espaços criados para que empresários compartilhem boas práticas do negócio e resolução de problemas por meio do associativismo.
Carlos Rezende, coordenador executivo da CACB, explica as principais mudanças com a retomada do Empreender, na parte técnica e financeira: “Nesta edição, a ACE teve de apresentar um projeto, passando de beneficiária a protagonista. Além disso, foi exigido o comprometimento da entidade com o repasse de recursos a serem aplicados no projeto, em vez da simplesmente estimar valores de vinculados a espaços, divulgação, etc.”, diz Rezende.
As renovações se revelaram acertadas, apesar das dificuldades que algumas entidades ainda apresentam: “Há um amadurecimento dos atores que tende a levar os benefícios para as MPEs de forma mais rápida e mais consistente, priorizando ações que efetivamente elevem a competitividade dos pequenos negócios”, analisa o vice-presidente da micro e pequena empresa da CACB, Luiz Carlos Furtado Neves.
O projeto contempla atividades como capacitações dos consultores e coordenadores, bem como sensibilizações das diretorias, com visitas de acompanhamento técnico e de formação. Foram criadas peças publicitárias e o projeto passou a ser promovido nas redes sociais, com divulgação de ações nacionais e dos estados. O programa também passou por uma revisão de metodologia e está prevista para este ano a realização do II Prêmio Empreender.
Nos estados – Hoje o Empreender conta com 56 Associações Comerciais e Empresariais, beneficiando empresas participantes de 151 núcleos setoriais. Na Bahia, são 17 núcleos, envolvendo 182 empresas e 10 ACEs. O Núcleo Setorial de Turismo de Paulo Afonso, por exemplo, realizou uma pesquisa de satisfação com o objetivo de traçar perfil socioeconômico do turista, detectar as principais carências do setor e determinar as prioridades a serem trabalhadas pelo núcleo.
O presidente da FACEB, Clóves Cedraz, conta que o Empreender tem influência positiva direta sobre a gestão das empresas: “Além disso, elevou a competitividade das micro e pequenas empresas, promovendo o desenvolvimento organizacional das Associações”.
Em Mato Grosso, há 24 núcleos, com 7 ACEs e 207 empresas. O núcleo de óticas de Sinop adotou o selo Ótica Legal para identificar lojas que vendem produtos com garantia de procedência e qualidade, oferecendo descontos e avaliações técnicas gratuitas para os clientes.
Presidente da FACMAT, Jonas Alves de Souza, acredita que com união é possível ampliar ainda mais o trabalho: “Temos recursos disponíveis e estrutura para que o Empreender em Mato Grosso seja ainda muito maior, por isso precisamos trabalhar a unidade dentro do estado para propagarmos o projeto”.
Minas Gerais já conta com 54 núcleos. O projeto reúne 21 associações e 507 empresas. O núcleo de academias de Formiga criou a Amostra de Academias na Rua, evento fitness com apresentações de várias modalidades, atendimento personalizado, distribuição de frutas, avaliações físicas e sorteios de brindes.
Segundo o presidente Emílio Parolini, da Federaminas, para as ACEs é de extrema importância ter o Empreender na grade, porque programas como ele ajudam a economia local. “É o momento em que se escuta o empresário, em que ele se envolve e se fortalece através do diálogo”, aponta.
Pernambuco tem 30 núcleos em funcionamento, atendendo 343 empresas por meio de 9 ACEs. Em Caruaru, a Feira do Empreendedor, com o espaço “Inovação e Tendências de Mercado”, envolveu empresários dos núcleos de Alimentos e Bebidas, Construção Civil, Moda e Confecções, Saúde e Bem-estar e Turismo e Economia Criativa.
Para o presidente da FACEP, Jaime Espósito, “não se pode medir esforços para levar às associações produtos e estratégias que gerem sustentabilidade e competitividade, ajudando no desenvolvimento das empresas locais”.
No Rio Grande do Sul, participam 9 ACEs. São 26 núcleos de 352 empresas. Em Caxias do Sul, o I Circuito de Gastronomia reuniu mais de 150 empresas, com palestras gratuitas sobre temas relevantes para o setor.
O presidente da Microempa, responsável pelo Empreender no estado, Jovenil Vitt Lima, afirma que, com o Empreender, é possível crescer, trocar experiências, capacitar empresários e gerar novos negócios: “Tem sido um grande marco de mudanças para as empresas, impactando em desenvolvimento para os municípios envolvidos. Nossas empresas já participaram de 450 reuniões e desenvolveram mais de 100 planos de ação focados no cooperativismo e no associativismo”.
Parcerias – Os resultados do Empreender têm sido tão expressivos que o Sebrae apoia o projeto há mais de 20 anos. Agora, a iniciativa tem a parceria da União Europeia, com investimentos que se estendem a todos os países da América Latina, por meio do programa de cooperação internacional AL-Invest 5.0. Outro importante apoio tem sido do Grupo Votorantim, com experiências de núcleos setoriais nas cidades de Itaú de Minas e Fortaleza de Minas/MG, e Pinheiro Machado/RS. Também é destaque a participação do Empreender nos eventos da União Nacional de Entidades do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (UNECS), que visam ao desenvolvimento das empresas.
De acordo com o Gerente da Unidade de Atendimento Setorial Comércio e Serviços do Sebrae Nacional, André Spínola, “o Empreender é valioso, pois busca implementar a competitividade das empresas, a partir do viés associativo. É um ganho duplo, estimula o desenvolvimento das empresas e das ACEs. Na parceria com a CACB, uma das entidades brasileiras mais alinhadas com a nossa missão, temos a capilaridade necessária para garantir a continuidade e o sucesso do projeto”.
Para o presidente da CACB, George Pinheiro, o Empreender complementa todo o esforço de integração e oferta de informações e formação para nossas fi liadas. “Valorizamos muito a gestão, e o Empreender traduz nossa preocupação e formaliza nossas ações no sentido de qualificar, sempre, nossos empreendedores. Nossas parcerias expressam sua importância,” explica.