
Paulo Protásio, presidente da ACRJ
As próximas eleições municipais, em outubro, irão colocar em prática um novo conceito de ser prefeito, de ser vereador e de como as cidades precisarão de boa gestão, de indicadores de aferição e respeito aos cidadãos.
Serão eles que devem inaugurar o novo Brasil sob o ponto de vista da gestão pública e modificarão também o conceito de gestor público. No documento “As Associações Comerciais e o Brasil do Governo Temer”, assinado pela CACB e Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), é traçado um cenário para o novo Brasil, dando protagonismo às Associações Comerciais, localizadas nos municípios. “Todas as Associações Comerciais têm agora a tarefa de modelar a metrópole através de um Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado ”, diz o texto.
“Para se integrar de forma competitiva no cenário internacional, as principais cidades do Brasil precisam aumentar o grau de coesão do desenvolvimento entre as regiões, de modo a potencializar a diversidade das forças produtivas, incorporando novos agentes econômicos com a formação de um mercado de massa dinamizador do mercado interno. As Associações Comerciais têm tudo para aproximar suas cidades para essas soluções”, diz, nesta entrevista à Empresa Brasil, o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Paulo Manoel Lenz Cesar Protásio. Acompanhe:
Como as entidades empresariais devem se portar diante desse conceito de ação dos municípios na vida do país?
Para se integrar de forma competitiva no cenário internacional, as principais cidades do Brasil precisam aumentar o grau de coesão do desenvolvimento entre as regiões, de forma a potencializar a diversidade das forças produtivas, incorporando novos agentes econômicos com a formação de um mercado de massa dinamizador do mercado interno. As Associações Comerciais têm tudo para aproximar suas cidades para essas soluções. É o que estamos fazendo no Rio de Janeiro e sua área metropolitana.
O Estado brasileiro precisa de políticas públicas capazes de garantir igualdade de oportunidades, direitos básicos de cidadania e desenvolvimento sustentado, organizadas em planos de médio e longo prazo com estabilidade de fluxo orçamentário e fi nanceiro, a fi m de garantir a conclusão do que foi iniciado. Essa combinação pode ser uma solução de curto e médio prazo.
Em quais documentos essa proposta ficou mais clara?
A proposta mais clara ficou plasmada em dois documentos distribuídos e que serviram para a revisão dos parceiros. “As Associações Comerciais e o Brasil do Governo Temer”, onde as Associações Comerciais propõem uma mudança de cultura e paradigma e se apresentam ao governo do presidente Michel Temer com o propósito de ajudar na solução imediata para o país; e “A ausência de lideranças nacionais vinculadas à transformação do país”, que traz sugestões de um Plano de Ação para o setor empresarial e a sociedade brasileira.
Qual foi o marco zero desse novo momento econômico, político e social do país?
O marco zero foi a visita ao presidente Michel Temer que empresários do país inteiro fizeram no dia 30 de junho. Aquela mobilização surpreendeu até o próprio presidente. Ele esperava que no máximo fossem lá as 27 federações. Mas foram 529 empresários. Isso porque a mobilização atingiu a base. No momento em que invertemos o processo, ao invés de fazer a operação de cima para baixo, e começamos a fazer a mobilização de baixo para cima, a nossa rede vai responder. Todos estão hoje interessados que as ações sejam estabelecidas, que as direções sejam tomadas e a condução dessa mobilização está simplesmente no chamamento.
Leia mais na Revista Empresa Brasil, edição nº 133.