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Cotait defende compra parcelada sem juros e presidente do Banco Central fala em “solução complexa”

“O parcelamento sem juros é vital para o comércio. Qualquer mudança irá impedir que as lojas continuem vendendo”, disse o presidente da CACB

6 de março de 2024 às 14:28

O presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto, voltou a defender a manutenção do sistema de compra parcelada sem juros, desta vez, durante encontro com o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, que esteve na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na segunda-feira (04/03), para realizar uma palestra.

Campos Neto afirmou que o tema é de “difícil compreensão” e requer uma “solução complexa”. Ele culpou a inadimplência e destacou ser necessário “retornar à mesa de negociações”, uma vez que, neste momento, “não há resposta para a questão”.

“O parcelamento sem juros é vital para o comércio. Qualquer mudança irá impedir que as lojas continuem vendendo”, afirmou Cotait. “Na avaliação da Rede de Associações Comerciais, a manutenção do parcelado sem juros é fundamental para a sobrevivência do comércio, no pós-pandemia”, avaliou o presidente da CACB.

Inadimplência

Se a solução parece distante, Campos Neto ressaltou que o Banco Central identificou as causas que estariam forçando uma possível reavaliação da modalidade de compras, sendo a alta inadimplência a principal delas.

“Um estudo revelou que a inadimplência da compra do parcelado com cartão de crédito chega a 60%. Não existe produto financeiro que sobreviva a esta taxa. O risco é este sistema acabar”, alertou o presidente da entidade monetária, que classificou o tema como “um dos mais complexos que teve à frente do Banco Central”, por ser de difíceis “solução, compreensão e análise”.

Além da inadimplência em patamares elevados, outros fatores foram apontados pelo dirigente: a alta taxa de juros do rotativo; a corrida dos bancos para oferecerem limites de cartão cada vez maiores, mesmo para inadimplentes; o número elevado de pontos emissores de cartão; o crescimento exponencial das compras na opção do parcelado; e, por fim, a falta de educação financeira da população em geral.

“O Congresso Nacional aprovou uma legislação que limita os juros do rotativo, o que não soluciona em definitivo, mas ameniza de forma considerável um destes aspectos centrais do problema. Soma-se a isso, a diminuição, ainda que insipiente, dos índices gerais de inadimplência. Dados que podem contribuir para uma solução equilibrada e sustentável”, disse Campos Neto.

“Examinamos várias possibilidades, mas, hoje, não temos uma resposta. Precisamos voltar para a mesa de negociações. É um tema complexo. De um lado temos as emissoras, do outro, os adquirentes, e ainda há o comércio. Cada um com um olhar diferente. Precisamos entrar em entendimento e encontramos uma solução estrutural de curto, médio e longo prazos”, finalizou.

Autonomia

Durante a palestra de cerca de duas horas, o presidente do Banco Central defendeu a autonomia do Banco Central, porém, afirmou que se trata de um tema “estritamente técnico”, e revelou, ainda, que a inflação apresenta uma tendência de queda, contudo, é preciso ter atenção.

*texto da Facesp

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