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Consumo em supermercados voltou ao nível de 2010, diz pesquisa

Mesmo assim, consumidores elegem produtos dos quais não abrem mão.Número de idas ao supermercado por domicílio caiu de 85 para 81 vezes

2 de maio de 2016 às 20:17
Foto: Karina Trevisan/G1

Foto: Karina Trevisan/G1

O consumo nos supermercados voltou ao nível de 2010 em volume de compras. Mesmo assim, os consumidores não querem abrir mão do padrão de consumo conquistado nos anos pré-crise.

Os dados são de uma pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (APAS), realizada em parceria com as empresas Nielsen e Kantar Worldpanel. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (2) durante a 32ª Feira e Congresso de Gestão Internacional APAS 2016, em São Paulo.

Segundo o levantamento, em 2015, o número de idas ao supermercado por domicílio caiu de 85 para 81 vezes no ano. O número de produtos comprados em cada ida ao supermercado também caiu, com redução de 1,5%.

Mesmo assim, após o aumento do consumo nos anos anteriores, especialmente entre 2008 e 2014, os consumidores elegem produtos dos quais não querem abrir mão. A classe C, por exemplo, não deixou de comprar produtos considerados “premium”, como cervejas, e para isso procura economizar comprando marcas mais baratas de produtos de limpeza e outras categorias que não considera prioridade.

Christine Pereira, da Kantar Worldpane, explica que o fenômeno é explicado pela definição entre os consumidores de momentos específicos para consumir produtos mais caros. “O consumidor está se permitindo, em alguns momentos, a consumir por exemplo a cerveja premium, como nos finais de semana, e durante a semana ele consome outro segmento mais básico. A gente está vendo muito essa sobreposição de segmentos.”

A pesquisa também destaca que os consumidores trocaram as marcas de produtos de 50% das categorias para outras com preço menor. Além disso, cerca de 20% dos consumidores que trocaram marcas de alimentos por outras mais baratas pretendem manter esse comportamento depois que o cenário melhorar.

Aposta em produtos básicos e ‘saudáveis’

Entre os supermercadistas, os pessimistas em relação ao desempenho do setor nos próximos meses são maioria. Em maio, 61,7% dos empresários se diziam pessimistas em relação ao setor. Enquanto isso, apenas 10,3% se diziam otimistas.

Mesmo assim, uma categoria específica de produtos foi destacada pela pesquisa como aposta para puxar as vendas para cima: produtos relacionados a alimentação saudável. De acordo com a pesquisa, essa é a preocupação de 49% dos consumidores.

A compra de refrigerantes em geral, por exemplo, caiu 5%, ao mesmo tempo que a de água de coco subiu 11%. Outro exemplo é o da margarina, que teve queda de 1,2% nas vendas enquanto a manteiga teve alta de 10%. Já a compra de leites comuns caiu 6%, enquanto os produtos com menor quantidade de lactose subiu 78%.

Já a categoria de iogurte, que sempre esteve presente entre os maiores crescimentos, passou a apresentar alta mais fraca nas compras. Segundo a Nielsen, isso reflete a priorização de produtos considerados mais essenciais pelas famílias em momentos de crise. De acordo com a pesquisa, as famílias passaram a priorizar os chamados itens “básicos” e para consumo dentro de casa, em detrimento de produtos para consumir fora do lar, como bebidas alcoólicas.

Crise econômica e o setor

Para 2016, o setor de supermercados espera faturar R$ 336 bilhões, um crescimento nominal de 6,5% – taxa menor que a registrada no ano passado, de 7%, com faturamento de R$ 315,7 bilhões. A variação real (descontada a inflação), no entanto, foi de queda de 3,6%. Segundo a Apas, essa queda real é uma demonstração do aumento do desemprego e da queda da reda dos consumidores de uma maneira geral.

Para se adaptar ao novo cenário, a associação diz que a meta do setor é se ajustar às novas necessidades dos consumidores em meio ao cenário de crise, identificando as categorias de produtos que devem apresentar queda ou alta nas vendas.

Fonte: G1

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