
“Há mais de 3 anos não se via uma mobilização igual a essa, nós temos condições de fazer muito mais”, disse o presidente da CACB, Alfredo Cotait | Foto: Tauan Alencar
Após o sucesso da sessão solene sobre a Lei de Liberdade Econômica, que reuniu cerca de 500 representantes do setor produtivo no Congresso Nacional na última semana, os presidentes de federações e associações comerciais de todo o Brasil estiveram na sede da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) para um encontro do conselho deliberativo da entidade.
Para o diretor-secretário da CACB, Marco Kobayashi, presidente da Facer, foi um dia histórico para o empreendedorismo e para o associativismo: “Somos muitos e isso ficou evidente. Nossa capilaridade exige que trabalhemos de uma forma ainda mais assertiva.”
O vice-presidente jurídico Anderson Trautman Cardoso comentou sobre a relevância da atuação política da CACB no Congresso. Na mesma data da sessão solene, ele representou a entidade em audiência pública do GT da regulamentação da Reforma Tributária na Câmara: “A nossa meta é para que haja um equilíbrio com o sistema atual. A CACB segue firme a atenta”, garantiu.
Liderada pelo presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto, a reunião colocou em pauta as principais mudanças e atividades da confederação. Foram discutidos temas como os resultados e expectativas após a sessão solene e pontuadas mudanças administrativas, nos serviços e em ações associativistas.

Reunião do conselho deliberativo colocou em pauta as principais mudanças e atividades da confederação | Foto: Tauan Alencar
Administrativo e financeiro
Para otimizar o funcionamento da CACB, foram definidas mudanças internas. Carlos Rezende assumiu como superintendente geral da confederação e destacou o potencial de fortalecimento da rede, ao alinhar padrões na gestão.
Rezende também citou os resultados do projeto “O Poder da Rede”, com o objetivo de qualificar gestores e facilitar o desenvolvimento de entidades empresariais. Já foram atendidas federações e ACEs dos estados de MG, MA, PE, PB, RN e CE, com cursos sobre gestão, cultura associativista, desenvolvimento local e prestação de serviços.

Rezende falou também sobre o projeto “O Poder da Rede”, ações de sensibilização e capacitação com presidentes e executivos das federações e ACEs de todo o Brasil | Foto: Tauan Alencar
A boa condução do setor financeiro da entidade foi um ponto de consenso. “Estamos em superávit … O que a gente vê na prática é todo esse esforço que permite que a CACB promova oportunidades de fortalecimento do sistema, como a sessão solene. E teremos muito mais”, apontou o presidente da Federaminas, Valmir Rodrigues, diretor financeiro da CACB.
O presidente Osíris Lins Caldas, da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco (Facep), acrescentou dizendo: “A CACB esse ano realmente evoluiu e ao mesmo tempo montou um processo mais profissional”.

O diretor financeiro da CACB abordou as estratégias desenvolvidas e a maturidade que está sendo alcançada pela rede | Foto: Tauan Alencar
Associativismo
A importância do Associativismo foi um dos assuntos principais durante a Reunião Deliberativa da CACB. Para Alfredo Zamlutti, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Mato Grosso do Sul (Faems), o verdadeiro associativismo está no ato de doação, de focar os esforços nos micro e pequenos negócios, “nosso trabalho é lutar pelo pequeno, porque é ele que precisa de nós”.

O presidente da Fames contou sobre sua jornada até a presidência da federação e disse que para trabalhar com associativismo é preciso ter dom | Foto: Tauan Alencar
Durante o evento, o presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto, foi o primeiro homenageado do novo prêmio “Somos associativista, eu sou desenvolvedor econômico”, criado pela Federação Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerias (Federaminas), que vai destacar referências do associativismo.

Presidente Cotait é o primeiro a receber a homenagem da Federaminas | Foto: Divulgação CACB
Produtos e Serviços
Outro ponto da conversa entre os presidentes foi a Central de Rede (CDR), braço da Confederação para comercialização de produtos e serviços. Para Ernesto Reck, 1º vice-presidente da CACB, a CDR é o principal exemplo do quanto uma ACE pode oferecer para o crescimento econômico dos empresários por meio de uma plataforma completa envolvendo interessados e fornecedores. O objetivo é acrescentar opções ao portfólio de cada entidade. Reck convidou todos a contribuir: “Qual o produto ou serviço que seria importante para sua região, sua federação? Nos conte! Juntos somos mais fortes”.
O CEO da CDR, Henrique Noya, complementou: “nossa cooperação é uma via de mão dupla, somos uma ponta de entrada que deve ser acionada. Devemos trabalhar para ter esse relacionamento o quanto antes”. Aproveitando o momento, a Associação Comercial de Marilia (SP) assinou um termo de adesão à Central de Rede.

A proposta da CDR é complementar o portfólio de produtos e serviços das federações e associações comerciais| Foto: Divulgação CACB
Também foi divulgado um novo projeto em parceria com a Cogecom, cooperativa de geração de energia compartilhada, que vai garantir descontos na conta de luz dos associados.
“Nós estamos muito entusiasmados com essa parceria, já que poderemos levar energia mais barata e renovável para todo o Brasil, com a ajuda da CACB”, disse o representante da cooperativa, Roberto Correia.
Serão oferecidas dois produtos – um por meio das federações e ACEs, e outro através do programa AL-Invest Verde, por uma plataforma de white label para as empresas interessadas – nesse modelo de negócio, que não exige a divulgação de direitos autorais, é possível oferecer o serviço sem ter de investir na criação da tecnologia.
Inicialmente, os contratos atenderão as federações de SP, MG, GO, MT, MS, RS, PR e SC.
O evento foi finalizado com um agradecimento de Cotait Neto à presença de todos os estados e um chamado: “Vamos continuar trabalhando para impulsionar o empreendedorismo competitivo, o desenvolvimento sustentável e a geração de renda. É nosso papel levar à frente o pacto nacional pela liberdade econômica e o crescimento do Brasil”.