O presidente da República, Jair Bolsonaro, esteve nesta sexta-feira (07) em Porto Velho-RO para inaugurar a Ponte do Abunã sobre o Rio Madeira, aguardada há anos na região por representar a primeira ligação terrestre de Rondônia com o Acre e com o Pacifico.
A obra custou cerca de 150 milhões de reais e levou seis anos para ficar pronta, e é uma das maiores já erguidas pela engenharia na Amazônia. São 1,5 km de extensão e mais de 14 metros de largura. A ponte possui duas pistas de rolagem, acostamento em ambos os lados e passarela para pedestres.
Apesar de estar localizada em território rondoniense, a ponte do Rio Madeira é um sonho antigo dos acreanos. Localizada na BR-364, a ponte vai facilitar o acesso ao estado do Acre, que atualmente é feito por balsa, e gera expectativa no setor produtivo dos dois estados para o desenvolvimento econômico da região.
“Daqui pra frente o comércio dos dois estados estará livre para ir e vir, sem se preocupar com a demora da travessia de balsas e os custos extras que isso trazia, uma vitória para o setor produtivo e para toda a população da região. Meus parabéns a todos que contribuíram para a conclusão da obra e agradecimento ao presidente Bolsonaro pelo trabalho realizado”, destaca o presidente da CACB, George Pinheiro.
Mais agilidade nas viagens, menor custo no transporte de mercadorias e maiores oportunidades de negócios. O desafio do Acre agora é avançar o desenvolvimento do estado, a partir da integração com Rondônia.
“O agronegócio tem sido o carro-forte do governo, você vê que a Álcool Verde [empresa] está em processo de renegociação, estamos olhando grupos, a própria peixes da Amazônia, para gerar emprego e digo também que será o ano da agricultura, que é onde vou entrar com a ordem de serviço, a previsão da recuperação dos ramais, que é aquele projeto de R$ 100 milhões que está há dois anos, concretizou-se e vamos começar a dar ordem de serviço agora, aproveitando o verão. Então, é cuidar das estradas vicinais para dar condições de exportar aquilo que está sendo produzido”, destaca o governador do Acre, Gladson Cameli.
Medidas restritivas
Durante a inauguração, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar duramente o emprego de medidas de isolamento por governadores e prefeitos do país. “Todos nós preferimos morrer lutando do que perecer em casa”, disse.
Bolsonaro fez uma menção indireta a chefes de Executivo que adotaram medidas de isolamento social. “Eu lamento a forma como alguns se comportaram há pouco tempo. Quero crer que muitos tomaram medidas por desconhecer o que estava acontecendo”.
O presidente voltou a afirmar que pode lançar mão de um decreto para, segundo ele, fazer valer o texto disposto no artigo V da Constituição, que trata dos direitos e garantias fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos.
“Creio que a liberdade é o bem maior que podemos ter. Tenho falado que se baixar um decreto, que já está pronto, todos cumprirão. Por que todos cumprirão? Porque esse decreto nada mais é que a cópia dos incisos do artigo V da Constituição que todos nós juramos defendê-la”, disse Bolsonaro. “O nosso direito de ir e vir é sagrado. A nossa liberdade de crença também. E também o trabalho”, completou o presidente.
Ao lado do empresário Luciano Hang e do tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet, Bolsonaro afirmou ainda que não é “politicamente correto”.
“Não sou politicamente correto, sou um brasileiro correto, como a maioria de vocês”.
*Com informações do G1 e do Valor Investe